Depois do anúncio oficial, a chegada das trotinetes elétricas e do serviço propriamente dito da Lime, que promete revolucionar a mobilidade em Lisboa. Mostramos como deve fazer para usar uma Lime-S.
A americana Lime estreia-se oficialmente esta manhã de quinta-feira, em Lisboa. Fonte oficial da empresa disse à Insider / Dinheiro Vivo que tudo começa pelas 9h da manhã, altura em que (se tudo correr bem), já poderá reservar na app uma trotinete elétrica e começar a circular.
A empresa americana com financiamento da Uber e da Google e que tem crescido de forma vertiginosa em pouco mais de um ano nos EUA e na Europa (nasceu na Califórnia em 2017) começa, assim, a operar em Lisboa, depois de várias outras cidades europeias.
De acordo com o CEO da Lime para Portugal, o italiano Marco Pau, o serviço começa com um número que ronda entre as 200 a 400 trotinetes elétricas e o objetivo é expandir em breve para outras cidades portuguesas. “Vamos começar a negociar com Porto, Braga, Aveiro, Coimbra, entre outras”, disse.
Já esta semana, ficámos a saber que a empresa portuguesa iomo também vai lançar nos próximos dias um serviço semelhante ao conceito da Lime, de cerca de 40 trotinetes elétricas que permitem percorrer curtas distâncias nas estradas urbanas e nas ciclovias. Até o custo do serviço é igual à Lime: terá um preço médio de 0,15cent/min.
O serviço de partilha de trotinetes elétricas chega cá com o apoio e supervisão do município de Lisboa, que ajudou a definir não só algumas zonas chamadas “vermelhas”, onde não se pode deixar as trotinetes e também os chamados hotspots onde as trotinetes estão todas as manhãs. A Insider/Dinheiro Vivo não obteve a confirmação do executivo camarário, como já falou com responsáveis da Lime pelo projeto em Portugal.
E como é que tudo funciona? A Lime vai tentar contornar algumas das críticas globais que tem recebido com algumas funcionalidades recentes. O utilizador só tem de instalar a app, criar a sua conta e meio de pagamento; procurar a Lime-S (o modelo da trotinete) mais próxima; ao chegar a ela faz a reserva com leitura de código QR e pode seguir viagem.
Paga-se 1 euros pelo desbloqueio e 15 cêntimos por minuto no tempo de uso seguinte. De acordo com responsáveis da Lime, agora, para fechar a reserva será necessário tirar uma foto à Lime no ambiente em que está (algo que não acontecia no início do serviço nos EUA e nem aparece no vídeo tutorial que colocamos em cima). É assim que a empresa espera cumprir um dos requisitos do executivo lisboeta de não perturbar a circulação. Fonte da Lime disse-nos que há ainda regras concretas para que os utilizadores tenham cuidado para não perturbarem a circulação (não deixar a trotinete caída, à frente de portas ou noutros locais que perturbem a mobilidade urbana).
Os juicers
O serviço de juicers de que já falámos serve para recolher e carregar as baterias das trotinetes elétricas. Qualquer um se pode inscrever e a ideia é que possa recolher trotinetes, as possa carregar na sua própria casa e devolva depois pelas 7h da manhã num dos 90 hotspots que vão existir em Lisboa. Embora elas estejam de manhã nesses hotspots, podem depois ser levadas para qualquer zona do concelho de Lisboa (onde se pode fechar a viagem). A excepção é a zona do castelo e da baixa pombalina, considerada zona “vermelha”, onde não se pode fechar reservas nem levantar trotinetes.
A Lime continua a pedir juicers (inscrições neste site). Além de pedir maiores de 18 anos, que tenham ou mota ou carro (de preferência SUV ou carrinha), o anúncio português diz apenas que se pode ganhar até 150 euros diários. Mas a Lime não é clara como chegar lá nem o tipo de vínculo que é feito, embora explique que o ‘juicer’ terá de recolher as baterias das trotinetes, carregá-las na sua casa e ir entregá-las a uma nova trotinete, num processo que também traz gastos.