Na era dos Uber, assistentes digitais (ainda sem o português de Portugal como opção), da realidade virtual, dos pagamentos sem cartões nem carteiras, tentámos viver uma semana com o máximo de tecnologia que encontrámos disponível para todos.
O desafio, feito em Lisboa, trouxe algumas (boas) surpresas e algumas dificuldades e, claro, não foi possível ser sempre totalmente tecnológico. Venha connosco nesta aventura tech que será partilhada no site da Insider ao longo dos próximos sete dias.
Leia sobre o primeiro dia desta aventura: 2018: Odisseia (de 7 dias) só com tecnologia, dia 1
Leia sobre o segundo dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Ginásio em casa (dia 2)
Leia sobre o terceiro dia desta aventura: 2018: Odisseia só com tecnologia. Mobilidade à moda da Uber (dia 3)
DIA 4. Ver e comprar online.
Este foi o dia em que me convenceram (foi a minha digníssima esposa, confesso) a experimentar uma escova elétrica. Está longe de ser um gadget recente, mas para mim foi novidade absoluta e que nunca me suscitou curiosidade em experimentar. Há qualquer coisa em colocar um aparelho eletrónico na boca que me remete para a experiência de ‘boca aberta na cadeira de dentista’. A cabeça rotativa – só o nome assusta – que colocamos nos dentes provoca alguma estranheza nas primeiras passagens, dente a dente. Abanam bem mais do que com a escova convencional, parecem estar a ter um tratamento de massagem vigorosa.
Primeiro estranha-se, depois entranha-se (literalmente). Requer menos esforço e sentimos que os dentes ficam mais bem lavados, mesmo em zonas de difícil acesso (ajuda que a roda giratória seja pequena). Aventuras com escovas elétricas à parte, ao almoço voltei a ser tecnológico com um novo serviço.
Para almoçar usei o serviço Glovo, que também permite receber ao domicílio produtos de lojas como Garrafeira Nacional, Zara ou Fnac. A app tem a função de recados, que permite encomendar a recolha de um presente numa morada e a entrega noutra morada (custa no mínimo €5,90), mas numa das tentativas que fiz a zona de destino que selecionei (em Benfica) não estava coberta. O que também não estava disponível foi a função de farmácia, embora apareça na app. Gostámos das opções disponíveis e os menus tinham o mesmo preço que podemos ver indo aos restaurantes que estão na app. Um hambúrguer gourmet ficou nos €6,5, mais €1,90 do serviço e em meia hora tínhamos o ‘glover’ à nossa porta (também podemos classificar o estafeta e o serviço).
Chegou a noite e foi a altura certa para por à prova a app de realidade aumentada do Ikea, Places (já elogiada por responsáveis da empresa portuguesa Farfetch numa reportagem que publicámos recentemente), a pensar em comprar móveis para casa. É escolher o produto desejado, por exemplo, uma cadeira, apontar para a zona da casa onde a queremos ver e, voilá, a cadeira aparece através de realidade aumentada na nossa sala. É impressionante o quão credível e exato a representação do produto consegue ser. É algo que nos ajuda a escolher o produto certo, com a cor perfeita para casa. A app não permite comprar de forma direta, mas podemos ir ao site do Ikea para fazer a compra (infelizmente nem todos os produtos estão disponíveis).
Amanhã há mais um dia de experiências, com o Cinema 4DX a ganhar destaque.