A sul-coreana LG mostrou esta tarde, em Barcelona, o V50 já com 5G e uma opção peculiar com duplo ecrã e o G8 com sistema de controlo por gestos à distância (veja o vídeo que fizemos). Não se sabe é quando chegam.
O 5G continua a dominar os lançamentos no Mobile World Congress, em Barcelona e, além disso, a LG também quis mostrar algumas inovações que prometem mudar a forma como interagimos com o telefone. Estivemos no evento da marca e pudemos inclusive experimentar as inovações. Embora conceitos peculiares, no caso dos gestos (e do próprio ecrã duplo) parece ser tecnologia que terá dificuldades em se impor. No entanto, é uma tentativa de valorizar da marca em fazer diferente.
O evento começou com Frank Lee, director de comunicações móveis da LG, a apresenta o primeiro smartphone 5G da marca. O LG V50 ThinQ, com 6,5 polegadas, vem já com 5G disponíveis e para isso houve uma parceria com a operadora Sprint. “Quisemos ter um smartphone 5G que permite um uso rápido e estável, mantendo boas experiências multimédia”, explicou Lee, acrescentando que a maioria das pessoas não sabe muito sobre 5G, apesar do hype. “Há uma série de novas possibilidades, desde imagens melhores, como ligações fáceis entre produtos de IoT (Internet das Coisas) e o facto de podermos ter conteúdos de forma instantânea e sempre fiável faz toda a diferença”, explicou o responsável, agradecendo aos parceiros.
In-Kyung Kim, responsável de 5G da LG, falou com entusiasmo “num momento significativo” para a marca que tentou que o seu 5G estivesse operacional por todo o globo, com o modelo V50 5G a ser lançado na primeira metade do ano (não se sabe se chega a Portugal).
Michel Combes, líder da Sprint, admitiu que este é um sonho, o de trazer o 5G para a realidade. “O 5G vai mudar o nosso mundo e estou curioso para ver onde nos vai levar”, garantiu Combes que elogiou ainda a Qualcomm por fornecer o processador que permite o 5G do novo modelo, o novo Snapdragon 855.
Nem de propósito, seguiu-se Jim Tran, vice presidente da Qualcomm, em palco, que admitiu dificuldades para trazer o 5G e torná-lo funcional. “O processador Snapdragon 855 cumpre sete triliões de operações por segundo e melhora performances anteriores” disse Tran, sobre o seu produto que também estará no novo Hololens 2, os óculos de realidade aumentada e misturada da Microsoft. “Melhorámos a capacidade de visão computadorizada e reconhecimento de imagens”, explicou o responsável da Qualcomm, destacando a utilidade também na experiência de jogos.
A bateria do V50 tem 4000 mAh e eficiência melhorada em 20%, tendo sido também melhorada a rapidez de carregamento. Para o seu primeiro smartphone 5G, a LG tem um novo sistema de dissipação de calor, o que o torna igual a um produto 4G e evita o possível sobreaquecimento que a nova rede pode trazer a alguns aparelhos.
Dois ecrãs, ao estilo capa
Outra das novidades que o V50 inclui é uma espécie de capa, que traz um segundo ecrã que se conecta ao V50 e ficar com um duplo ecrã no que parece ser o mesmo aparelho. O novo sistema tem só 133 gramas e torna o smartphone um objeto com 8,3mm de largura.
A resposta da LG à moda dos caríssimos ecrãs dobráveis, para já, com produtos anunciados pela Huawei e pela Samsung, é o ecrã duplo, com preço mais baixo mas um solução menos premium e que nem sequer é nova – há exemplos de modelos da ZTE com esse mesmo sistema, que não vingou.
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G8 ThinQ. Nova experiência de gestos
David Montanya, evangelista de produto da LG – é esse o seu cargo oficial – subiu ao palco para anunciar o novo G8 ThinQ. E começou com uma pergunta: quem lançou o primeiro ecrã tátil do mundo? Foi a a LG, diz ele. Com o G8 criaram uma nova forma de experiência móvel com o que chamam Z Camera, que reconhece gestos até 15 cm de distância. “Acordamos os nossos smartphones 110 vezes por dia, em média, por isso faz sentido adicionar uma nova dimensão na forma como usamos os telefones, tem tudo a ver com profundidade – espaço e distância – e, assim, a nossa interação com o telefone vai mudar”, garantiu Montanya.
O parceiro da LG neste sistema foi a empresa Infineon, que criou um sensor de imagem 3D que é o que faz a diferença no sistema, que a Infineon diz ser mais seguro do que o leitor de impressões digitais e até ajuda na profundidade das fotos-selfies. Ou seja, o G8 além de ter reconhecimento por impressão digital e de reconhecimento facial, tem autenticação pelos veios nas mãos.
Depois, o sistema Air Motion permite uma nova forma de interação. Podemos acordar o telefone, ajustar o volume, tirar screenshots, abrir a app Google Maps ou por a tocar música, sem tocar no telefone, só por gestos e à distância do aparelho. Quando se ativa o sistema é possível ter algumas opções por gestos, incluindo aumentar ou reduzir o som de música ou vídeos. Fizemos o teste na zona de demonstrações e percebemos que o sistema requer alguma habituação e pode não ser tão prático quanto a LG desejaria para se tornar num tendência global.
O G8 não muda muito face ao que a LG já fez no passado em aspeto. Temos o notch, leitor de impressão digital na traseira (e não no ecrã) e o jack de auscultadores também por lá anda e o sistema de som faz o efeito boombox peculiar que já vimos noutros modelos. O novo G8 vai chegar com a variante de três câmaras e de duas câmaras, dependendo dos mercados. Quando chega? Em breve, diz a LG. A marca também não anunciou preços, com a indicação que haverá diferenças de mercado para mercado.
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