Nova rede de supercomputadores fica operacional na segunda metade de 2020. Investimento supera os 840 milhões de euros.
O Minho foi a região escolhida em Portugal para a instalação de um novo supercomputador – o Minho Advanced Computing Centre (MACC) – por parte da União Europeia. Ao todo, a UE vai investir em oito novos supercomputadores e que vão estar distribuídos por um igual número de regiões. O objetivo é usar estas máquinas de alta computação em novos projetos de investigação.
«Os supercomputadores já estão no centro dos principais progressos e inovações em muitas áreas que afetam o quotidiano dos cidadãos europeus. Podem ajudar-nos a desenvolver uma medicina personalizada, poupar energia e lutar contra as alterações climáticas de forma mais eficiente. (…) Isto são boas notícias, porque a Europa é líder mundial em ciência. Portugal tem todo o potencial para liderar a corrida aos supercomputadores na Europa, dadas as capacidades científicas e de engenharia dos seus investigadores, infraestruturas e indústria”, diz em comunicado Carlos Moedas, comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação.
Com este investimento de 840 milhões de euros, a Europa tenta ganhar posição na área da supercomputação e que nos próximos anos promete tornar-se importante enquanto factor de desenvolvimento da economia.
Além do Minho, os outros supercomputadores vão ficar instalados em Sófia (Bulgária), Ostrava (República Checa), Kajaani (Finlândia), Bolonha (Itália), Bissen (Luxemburgo), Maribor (Eslovénia) e Barcelona (Espanha).
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Em Portugal, a apresentação oficial do projeto vai acontecer no dia 12 de junho no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
A entidade que vai ficar responsável pela supervisão por este projeto é a Empresa Comum Europeia para a Computação de Alto Desempenho (EuroHPC). Segundo o comunicado, das oito novas máquinas que vão ser montadas, três são de exaescala (capazes de executar mais de 150 petaflops ou 150 mil biliões de cálculos por segundo) e que vão entrar para o top dos cinco supercomputadores mais potentes a nível mundial.
Já as outras cinco máquinas são de petaescala, isto é, capazes de executar, pelo menos, 4 petaflops, ou 4 mil biliões de operações por segundo.
“Estou convicta que os novos supercomputadores que estes sítios irão acolher reforçarão a competitividade da Europa no domínio digital. Temos demonstrado o poder da nossa abordagem europeia, que trará benefícios concretos para os nossos cidadãos e ajudará as nossas PME”, comentou ainda em comunicado Mariya Gabriel, comissária para a Economia e Sociedade Digitais.
“Tecnologias quânticas são importantes para a soberania. Portugal não pode ficar para trás”