Como a UE vai usar inteligência artificial para apanhar terroristas e imigrantes ilegais

IBORDERCRTL
Foto: Chuttersnap / Unsplash

Estima-se que todos os anos 700 milhões de pessoas entram na União Europeia, o que tem colocado pressão nos processos de segurança fronteiriços. O IBORDERCRTL veio para ajudar.

Vai arrancar um projeto-piloto na Hungria, Grécia e Letónia que usa inteligência artificial e outras tecnologias para criar um ‘detetor de mentiras’ nas fronteiras desses países. O objetivo é evitar a entrada de terroristas e imigrantes ilegais na União Europeia.

O IBORDERCTRL, como é apelidado, é um sistema que recolhe dados biométricos e marcadores de engano nas pessoas. Como? Numa primeira etapa os utilizadores vão aceder a um sistema online onde terão de fazer o upload do passaporte, do visto de entrada e de outros documentos que possam ser necessários.

Depois vai surgir no ecrã do computador ou smartphone um guarda virtual que vai fazer perguntas ao viajante. As respostas vão ser analisadas através da webcam dos equipamentos e o sistema IBORDERCRTL vai analisar micro-expressões para tentar encontrar sinais de mentira.

Esta primeira análise vai ajudar a fazer uma primeira classificação da pessoa. Já na fronteira – do aeroporto, por exemplo -, os guardas vão ter um equipamento nas suas mãos com o qual vão poder fazer uma comparação da cara da pessoa e dos documentos da pessoa em relação às informação que foram submetidas anteriormente.

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Mais alguns dados biométricos serão recolhidos, como as impressões digitais, leitura do fluxo sanguíneo nas veias dos braços e análise facial, para que seja atribuído um grau de risco ao viajante. Se for de baixo risco, então passará por um processo de segurança menos exigente. Se o sistema declarar que o risco é elevado, o processo de segurança será mais exigente.

A União Europeia espera que o IBORDERCRTL ajude a reduzir os tempos de espera nas transições fronteiriças e que os sistemas mostrem grande eficácia na deteção de possíveis ameaças à segurança dos cidadãos europeus.

O projeto tem um custo de 4,5 milhões de euros, totalmente financiados pelo programa Horizonte 2020, e vai estar em testes até agosto de 2019. Além dos países já referidos, também fazem parte do consórcio de desenvolvimento Luxemburgo, Chipre, Reino Unido, Polónia, Espanha e Alemanha.