Governo português acredita que o hidrogénio é o futuro dos elétricos

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A propósito do lançamento do novo projeto de autocarros a hidrogénio da CaetanoBus, falámos com o secretário de Estado do Ambiente, José Mendes, sobre a sua visão deste tipo de energia para o país.

O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente marcou presença no evento do lançamento do primeiro projeto de autocarro a hidrogénio da Europa, da Caetano Bus mas, mais do que isso, explicou em entrevista à Insider/Dinheiro Vivo porque acredita que o país deve apostar forte nesta forma de energia para alimentar os veículos elétricos.

O bracarense de 56 anos José Mendes destacou-se como investigador na década de 1990 e é licenciado em Engenharia Civil e Doutorado e Agregado em Planeamento do Território pela Universidade do Minho, onde chegou a ser vice-reitor para a Valorização do Conhecimento até 2015. Também teve cargos no European Council of Civil Engineers e é autor de vários estudos em sistemas urbanos.

Na entrevista em vídeo, o governante explica as vantagens do hidrogénio para viagens de médio e longo curso no futuro e que medidas o governo está a tomar não só tendo em vista à possibilidade de se adquirir autocarros movidos a hidrogénio, mas também criar condições para haver um sistema de carregamento com essa energia.

O hidrogénio tem uma vantagem clara face aos elétricos dependentes do carregamento das baterias, já que se pode abastecer (hidrogénio líquido) em dois ou três minutos como já estamos habituados num carro a combustão e ter cerca de 500 km de autonomia. Um dos modelos à venda que já usa esta tecnologia é o Toyota Mirai. No entanto, só em países com um sistema de abastecimento de hidrogénio é que é possível este tipo de automóveis circular.

O projeto da CaetanoBus é para dois autocarros protótipos, que irão sair das linhas da empresa em Gaia no final do próximo ano, e deverão chegar depois aos operadores europeus. O objetivo passa também pode poder fornecer no futuro vários municípios portugueses.