Facebook. Questões de privacidade resultam em multa de 257 mil euros na Turquia

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O Facebook vai ser multado devido a questões de privacidade, desta vez na Turquia. As autoridades ditaram uma penalização de 257 mil euros.

A KVKK, a entidade responsável pela proteção de dados na Turquia, aplicou uma multa de 1,6 milhões de liras ao Facebook (cerca de 257 mil euros), por violação de privacidade dos utilizadores. Segundo a KVKK, a rede social terá posto em causa o direito à privacidade de cerca de 281 mil pessoas, indica a Reuters.

A decisão surge após queixas dos utilizadores, que apontam ter sido afetados por um ataque à rede social de Mark Zuckerberg, que terá dado acesso a terceiros a informações pessoais dos utilizadores, como nomes, localização, data de nascimento, histórico de pesquisa, entre outras informações.

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A responsável pelos dados pessoais na Turquia indica que a decisão foi tomada na sequência da falta de notificação por parte do Facebook aos responsáveis turcos.

Os 1,6 milhões de liras resultam da combinação da multa de 1,15 milhões de liras (240 mil euros) pelo facto de “o Facebook não ter assumido as suas responsabilidades no que toca à proteção de dados” e um valor adicional de 450 mil liras (72 mil euros) por falta de notificação ao responsável de dados na Turquia.

Esta não é a primeira vez em que a rede social é multada na Turquia: um incidente de privacidade já resultou numa multa de 265 mil euros ao Facebook.

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A multa aplicada na Turquia surge pouco tempo depois da decisão da norte-americana FTC, na sequência do caso Cambridge Analytica. A partilha de dados dos utilizadores com outras empresas, sem conhecimento dos mesmos, garantiu ao Facebook uma multa de 5 mil milhões de dólares.

O caso Cambridge Analytica tornou-se conhecido em 2018: a empresa de dados trabalhou ao serviço de várias campanhas políticas, manipulando os dados resultantes de um teste de personalidade feito no Facebook para poder influenciar os eleitores indecisos. A Cambridge Analytica trabalhou para as campanhas de Donald Trump e também no movimento Leave.EU, durante o referendo para a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016.

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