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John Graham-Cumming, CTO da Cloudflare, explica aposta em Portugal para centro técnico e como quer trazer portugueses que emigraram de volta ao país. 

Falámos na Web Summit com o CTO da gigante dos serviços de cloud, a norte-americana Cloudflare, rival da Amazon (AWS, Amazon Web Services) neste domínio pouco mediático mas que faz os sites e apps de todo o mundo funcionarem. O inglês John Graham-Cumming mudou-se em setembro para Lisboa, poucas semanas depois da empresa ter aberto um centro técnico europeu em Lisboa, que bateu outras 45 cidades em 29 países.

A Cloudflare espera ter “mais de 100 funcionários em Lisboa no final do próximo ano” e garante que veio para ficar e para tornar Lisboa num dos seus principais pólos de inovação, tendo mesmo um plano para trazer talento português que emigrou de volta ao país. Em breve publicamos uma entrevista mais completa como John Graham-Cumming sobre a sua visão para as mudanças profundas da era digital.

Ponto de situação do centro da Cloudflare em Portugal

“Neste momento temos 10 pessoas em Lisboa. Abrimos o escritório em agosto, oficialmente, e eu estou cá desde o início de setembro. A Cloudflare tem um grande escritório de engenharia em São Francisco, um grande em Austin, no Texas e outro grande em Londres. Lisboa será o quarto. Um escritório muito técnico, engenharia de software, inteligência artificial, machine learning, apoio técnico, segurança. Só haverão lugares técnicos aqui.”

Portugueses na equipa

“Sem dúvida. Alguns dos nossos funcionários portugueses em Londres, queriam voltar para Portugal, por isso mudaram-se. Também há o caso da minha assistente, que é portuguesa, que também se mudou comigo. E o objetivo não é só importar talento estrangeiro, mas fazer contratar locais. Em particular, acreditamos que há muitos portugueses que saíram entre 2008 e 2013, pela crise financeira, que têm uma educação fantástica nas universidades portuguesas e depois tiveram experiências em Paris, Londres, Berlim e querem voltar a casa. E o governo colocou em prática incentivos fiscais para essas pessoas e acreditamos que há uma boa oportunidade de trazer de volta esses portugueses. E também recrutar o muito talento que já existe aqui.”

A importância da Cloudflare

“Digo sempre às pessoas que Cloudflare é a empresa que usámos hoje e não sabíamos. O que quero dizer é que protegemos cerca de 20 milhões de propriedades na web, o que significa sites, o backend de apps que usamos no telefone. O que estamos a fazer é inspeccionar o que acontece para ver se alguém é um hacker e se for nós bloqueamos, se não for deixamos passar. Por isso, já tocaram a rede da Cloudflare sem saberem. Temos 10% das empresas do Fortune500 que usam o serviço. Estamos a tratar de uma grande percentagem do tráfego na internet e, por isso, fundamentalmente, é manter as coisas online, manter tudo fiável e rápido. E fazemos isso de 190 cidades a nível mundial, incluindo Lisboa, onde temos servidores e colocamos esses servidores onde estão as pessoas e fazemos tudo mais rápido e protegido.”