Pagar compras só com a mão: Amazon testa nova forma de pagamento

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Foto: REUTERS/Pascal Rossignol

A Amazon estará a testar uma nova forma de pagamento, focada em dados biométricos, avança o New York Post. Os novos scanners, que permitem reconhecer impressões digitais e o formato das mãos para concluir uma compra, estão a ser testados nos escritórios da Amazon.

Nos últimos anos, a forma de concluir um processo de compra tem vindo a alterar-se, também no mundo das lojas físicas. A Amazon já tem várias lojas sem quaisquer caixas registadoras ou filas, mas agora estará a testar outra forma de pagamentos. A gigante de e-commerce estará a desenvolver scanners altamente sensíveis, que vão permitir pagar compras na cadeia de supermercados Whole Foods, adquirida pela Amazon há alguns anos. Segundo o jornal norte-americano, a gigante do comércio eletrónico tem o objetivo de fazer chegar esta nova forma de pagamentos, que reconhece a impressão digital e as mãos dos clientes, às lojas físicas dentro de alguns meses.

Por agora, são os trabalhadores da própria Amazon quem está a treinar esta tecnologia, que tem o nome de código “Orville”. Nas máquinas de venda automática do escritório de Nova Iorque já são treinados os pagamentos biométricos, com pequenas compras, diz o The Post.

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Para funcionar, os scanners utilizam a tecnologia de computer vision e geometria de profundidade, para processar a informação recolhida, que tem em conta a forma e tamanho de cada mão. Nos registos da Amazon, cada mão está associada a um cartão de crédito e a uma conta da Amazon. A informação avançada pelo New York Post dá ainda conta de que os clientes nem precisam de encostar a mão ao sensor para que o reconhecimento seja feito.

Os retalhistas sempre estiveram interessados em garantir processos de conclusão de compra mais simples e rápidos. Este projeto “Orville” poderá mesmo ser o próximo passo da Amazon, depois do lançamento das lojas físicas Go, que não têm caixas registadoras, com uma promessa de compras sem filas. Nestas lojas, à entrada o cliente passa o smartphone num género de torniquete, que reconhece o código QR, e assim se inicia o processo de compra – desde que tenha a aplicação Amazon Go instalada no telefone. Não há registos de produtos no final ou transações de cartões, é só pegar nos produtos pretendidos e sair da loja.

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Com dez lojas espalhadas pelos Estados Unidos, o conceito da Amazon Go não é consensual para todos, muito pelo impacto a nível de emprego (nos Estados Unidos, a profissão de caixa de supermercado representa um grande número de trabalhadores).

Os especialistas ligados à área da privacidade ouvidos pelo New York Post também já tecem críticas a este tipo de pagamentos. Um dos aspetos mais referidos é o da cedência de dados biométricos, por exemplo. Com o número de ataques a grandes empresas a aumentar gradualmente, a dúvida sobre se o consumidor está disposto a confiar na Amazon para também ter registos das suas impressões digitais paira no ar.

Por agora, a Amazon prefere não tecer comentários, indicado mesmo ao The Post que “não comenta rumores ou especulações”.

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