Projetos da OutSystems para acelerar inovação recebem co-financiamento do governo

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Paulo Rosado, fundador da OutSystems. (Orlando Almeida / Global Imagens

O governo português vai cofinanciar dois projetos de pesquisa e desenvolvimento liderados pela OutSystems, em parceria com universidades. O montante ascende aos 5,1 milhões de euros.

Através de comunicado, é indicado que os projetos DEV4ALL e GOLEM, desenvolvidos em parceria com instituições de ensino, vão ser cofinanciados pelo governo português, num valor de 5,1 milhões de euros. Estes dois projetos pretendem tornar o setor do desenvolvimento mais acessível a pessoas não especializadas. O financiamento do governo será atribuído através de programas de fundos europeus do Portugal 2020 e do programa Carnegie Mellon Portugal.

“Os projetos DEV4ALL e GOLEM, em parceria com diversas universidades e institutos de investigação, nomeadamente a FCT NOVA através do NOVA LINCS, Universidade do Minho, INESC-ID, INESC TEC e a universidade Carnegie Mellon, pretendem acelerar a inovação disruptiva no setor de desenvolvimento de low-code e tornar o desenvolvimento de aplicações mais acessível a pessoas não especializadas”, explica a OutSystems, através de comunicado.

O unicórnio português, que se dedica ao desenvolvimento de aplicações low-code, explica as diferenças entre os dois programas. O DEV4ALL estará dedicado à construção de uma sociedade de programadores. Neste caso, a tecnológica portuguesa irá trabalhar com a FCT NOVA/NOVA LINCS, Universidade do Minho e o INESC TEC para “unificar os modelos de programação web e móvel, criar linguagens mais fáceis de usar, promover o desenvolvimento colaborativo em low-code, criar aplicações inteligentes sem escrever código, utilizar Inteligência Artificial para apoiar o próprio desenvolvimento e facilitar a aprendizagem da tecnologia low-code.”

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Já o programa GOLEM diz respeito a programação automatizada para revolucionar o desenvolvimento de aplicações. A OutSystems descreve este projeto, que será desenvolvido em parceria com a universidade de Carnegie Mellon, como o “esforço de colaboração com universidades mais ambicioso de sempre da OutSystems”. Os principais objetivos deste projeto, que será feito a longo prazo, passam pelo desenvolvimento da próxima geração de low-code, pretendendo automatizar o desenvolvimento de aplicações.

“Estes dois projetos mostram bem como a OutSystems continua a olhar para o futuro, liderando iniciativas que vão revolucionar o mercado de desenvolvimento de aplicações”, afirma João Abril de Abreu, Innovation and University Relations Manager da OutSystems, citado no comunicado.

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A OutSystems foi criada por Paulo Rosado, em 2001. A tecnologia de desenvolvimento de aplicações low-code permite tornar mais rápido o tempo de desenvolvimento de aplicações. A empresa é um dos três unicórnios portugueses, tendo chegado à avaliação superior a mil milhões de dólares em 2018.

Com escritórios em vários pontos do globo, a OutSystems contabilizava no ano passado 1070 colaboradores. Só em Portugal, a empresa conta com 600 empregados, dedicados ao desenvolvimento da tecnologia low-code.

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