Quais os melhores gestores das marca? Jeff Bezos foi considerado o melhor entre as marcas mais valiosas. Mas há riscos para o fundador da Amazon.
Na hora de defender o valor das marcas qual é o melhor guardião? A Brand Finance não tem dúvidas: Jeff Bezos. O CEO da Amazon lidera o novo ranking criado pela consultora que produz o ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo. Agora avalia o desempenho dos CEO. No top 100, há apenas cinco mulheres CEO.
O desempenho do negócio ou o sucesso do investimento em marketing são apenas duas das métricas que, de 0-100, a Brand Finance usou para criar o ranking Brand Guardianship Index, onde são listados 100 CEO das 500 marcas mais valiosas a nível global.
Em 2019 a Amazon foi considerada a marca mais valiosa, tendo reforçado em 24,6% o seu valor de marca para 187,9 mil milhões de dólares, e no campo dos CEO é o seu fundador que lidera com um índice de 72,4 pontos em 100. “Jeff Bezos é considerado o gestor de marca mais bem-sucedido do mundo pelos seus pares. Bezos é considerado visionário, fazendo crescer a marca Amazon de umas origens humildes como uma livraria online até ser ser pioneira no lançamento do revolucionário e-reader Kindle e em investimentos astutos em negócios como a IMDB, Alexa, Lovefilm e Zappos, obtendo bons resultados ao nível do crescimento da capitalização bolsista com o seu impressionante portefólio de investimento”, refere a Brand Finance.
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O tão comentado divórcio do fundador da Amazon, com potencial impacto na estrutura acionista, poderá ter no entanto um impacto na ordem dos 10 mil milhões de dólares no valor de marca da Amazon, calcula a consultora.
Apesar de o Google fazer parte das 10 marcas mais valiosas, o CEO da companhia não está na lista dos melhores guardiões de marcas. Sundar Pinchai surge na 12ª posição, com um índice de 57.7. Motivos? O gestor viu a sua reputação severamente afetada desde a sua primeira ida ao Congresso, Sundar Pinchai também enfrentou um 2018 desafiador com funcionários a sair da companhia após acusações de que a gestão protegeu executivos acusados de assédio sexual, tendo ainda levado uma multa recorde da União Europeia por abuso de posição dominante no sistema Android.
Mark Zuckerberg é outra das ausências dos dez mais. A companhia manteve a sétima posição entre as mais valiosas, mas os escândalos em que a empresa se viu envolvida, como os caso das fake news e a incapacidade do Facebook de por cobro a esta situação, levaram a que o fundador da rede social obtivesse apenas um índice de 56.7, e com isso a 15.ª posição do ranking.
Mulheres: apenas 2 no Top 10
Apenas cinco mulheres CEO surgem no ranking das 100 mais e apenas duas no Top 10: Ginni Rometty (IBM), com 64,7 e a 6ª posição; e Qingping Li (China Citic Bank), na 8ª posição, com um índice de 62,2. Do ranking global fazem ainda parte Mary Barra (General Motors) na 37ª posição; Lynne Doughtie (KPMG) na 70ª; e Gail Koziaara Boudreaux (Anthem) em 94º lugar. “O número de mulheres que lideram as grandes companhias sempre foi pequeno. Das Fortune 500, há apenas 24 mulheres CEO, menos dos que as 32 de há um ano”, refere a consultora.
China ganha espaço
À semelhança do que sucedeu nas marcas também no que toca aos CEO a China está a ganhar terreno. Dos 100 gestores de topo que compõem o ranking, 37% são de empresas norte-americanas e 19% são chinesas. Destes destaque para Robin Li, da Baidu, que surge na 5ª posição do ranking, com um índice de 64,7.
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