Sonda da NASA começa a desvendar os mistérios de Ultima Thule

Logo no primeiro dia do ano, a NASA começou a receber os dados sobre a bem sucedida missão da sonda New Horizons. A sonda passou por Ultima Thule, o ponto rochoso mas distante a ser explorado. A agência espacial espera que este seja o ponto de partida para perceber a origem dos Sistema Solar.

“Parabéns à equipa da New Horizons da NASA, ao laboratório da John Hopkins por fazer história, de novo. Além de ter sido a primeira equipa a explorar Plutão, hoje a New Horizons passou pelo objeto mais distante a ser visitado e tornou-se na primeira a explorar diretamente um objeto que conserva fragmentos sobre o nascimento do Sistema Solar”, disse o administrador da NASA, Jim Bridenstine, através do comunicado da NASA sobre esta missão.

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Ultima Thule está localizado a mais de seis mil milhões de quilómetros do Sol, na Cintura de Kuiper. As primeiras imagens enviadas pela sonda são algo desfocadas – a informação demora algum tempo a chegar à Terra, tendo em conta a enorme distância de Ultima Thule.

Ainda assim, as informações iniciais já colocam fim a alguns dos mistérios: Ultima Thule gira como se fosse uma hélice, sob um eixo. A equipa ainda não conseguiu determinar qual é o período de rotação deste objeto ou qual é a direção do movimento. Há ainda mais informações sobre as dimensões e forma deste objeto rochoso: tem uma forma semelhante a um pin de bowling e tem cerca de 32 quilómetros de comprimento e 16 quilómetros de largura.

As imagens e dados sobre esta passagem da New Horizons vão continuar a chegar a conta-gotas à NASA, ao longo dos próximos 20 meses. Com quase 13 anos de vida, a sonda da NASA está em bom estado, conforme confirmaram as comunicações de rádio, e continuará a explorar a Cintura de Kuiper “até pelo menos 2021”, refere a agência espacial norte-americana.

 

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