Entrevista caótica no Twitter leva a mudanças para conversas na plataforma

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Jack Dorsey, CEO do

A jornalista especializada em tecnologia Kara Swisher combinou entrevistar o co-fundador e CEO do Twitter Jack Dorsey pela própria plataforma. A experiência foi tão má que Dorsey admite que vai criar novas formas de conversação.

Eram duas da tarde na Califórnia, onde vive Jack Dorsey, e 22 horas em Lisboa quando começou a entrevista, esta terça-feira, do co-fundador e atual CEO do Twitter, à jornalista Kara Swisher. O evento foi sugerido pelo próprio Dorsey e Swisher aceitou o repto de o entrevistar no próprio Twitter, com a ajuda da hashtag #KaraJack.

O resultado foi uma troca de tweets com poucos esclarecimentos e demasiado caótica, algo reconhecido por quem acompanhou e pelos intervenientes. Na interação houve algumas informações relevantes, com Dorsey a admitir que ele e a sua equipa no Twitter não foram eficazes para prever e atuar sobre os problemas relativamente a bullys e a interferência em eleições.

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“Estamos focados em minimizar a forma como as conversas online podem ter na segurança física de cada um, é algo que não trabalhámos bem no passado”, admite o CEO do Twitter. Swisher pediu-lhe exemplos mais concretos do que está a ser feito e, a custo, Dorsey nomeou algumas:

  1. “Os nossos termos e condições estão mais evoluídos e preparados;
  2. Demos prioridade a regras proativas para retirar o peso de agressões às vítimas;
  3. Demos mais controlo do produto aos utilizadores (permitindo silenciar contas sem fotos de perfil ou telefones e emails associados);
  4. Estamos mais agressivos em coordenar comportamentos errantes que tentem usar a plataforma como se de um jogo se tratasse”.

Dorsey admitiu ainda que o Twitter foi criado com uma intenção mais simples do que o impacto que veio a criar e, isso, fez com tenha havido tanto de inesperado e de difícil reação. No entanto, Dorsey acredita num futuro risonho e lembra que as pessoas mais influentes do mundo usam o Twitter diariamente e iniciam conversações cativantes. É nesse sentido que ele quer que a plataforma continue. Nesse aspeto, o seu utilizador de Twitter preferido é Elon Musk.

No final da conversa-entrevista, tanto Swisher como Dorsey estavam convencidos que tinha sido caótico manter a entrevista durante 90 minutos pelo próprio Twitter. Daí que Dorsey tenha admitido à jornalista que a experiência também serviu para tirar notas de como podem criar um novo produto no Twitter para permitir conversas sem tantas interferências externas e de forma mais focada. Swisher sugeriu uma espécie de sala de vidro em versão Twitter para que “as pessoas possam ver a conversa sem conseguirem atirar pedras para dentro dela”.

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