Uma radiografia ao uso da inteligência artificial nas empresas portuguesas

Inteligência Artificial
Foto: Helloquence / Unsplash

A inteligência artificial (IA) está a tornar-se num elemento sério para os gestores de negócio em Portugal. Procura de maior competitividade leva à aposta nesta nova tecnologia.

A inteligência artificial é vista como um elemento importante nas estratégias digitais por 86% das empresas portuguesas e, para 9% das quais, é mesmo considerada como a prioridade número um. Por outro lado, 18% das organizações em Portugal não têm qualquer projeto nesta área. Estas são duas das principais conclusões de um estudo feito a nível europeu pela Microsoft e cujos resultados foram revelados esta terça-feira.

A importância dada à inteligência artificial é um indicador no qual Portugal surge à frente dos seus congéneres europeus (ver infografia abaixo). Há outros indicadores nos quais Portugal se destaca: as empresas nacionais são as que mais acreditam, de um total de 15 países analisados, que a IA vai ter um impacto muito grande nas suas operações dentro dos próximos cinco anos.

As empresas portuguesas esperam acima de tudo que a inteligência artificial ajude a otimizar as suas operações – 91% das respostas – e a melhorar a relação com os clientes – 77% das respostas.

“[A inteligência artificial] Vai de facto ser crucial para a economia portuguesa, acima de tudo pela competitividade que a economia portuguesa tem que ganhar num mundo de negócios cada vez mais global”, comentou Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal, em entrevista à Insider.

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“O que nós acreditamos que vai permitir trazer aos vários negócios é, por um lado, diferenciação e, por outro, eficácia ou eficiência. Em qualquer uma destas três [a inteligência artificial] será relevante para aquilo que são os negócios tradicionais em Portugal”, acrescentou.

Já em termos de maturidade, metade das empresas portuguesas está ainda em fase de planeamento ou de testes de ferramentas de inteligência artificial nas suas operações.

 

“Não deixa de ser curioso no entanto que temos algumas empresas em Portugal que já fazem da inteligência artificial o seu core. Todos nos orgulhamos do trabalho que uma Feedzai, por exemplo, tem vindo a fazer pelo mundo. Aquilo que eles fazem é acima de tudo democratizar a inteligência artificial em cima de deteção de fraude”, exemplificou Paula Panarra.

“Acho que se a academia também fizer esse passo adicional de acompanhar, vamos ter condições para desenvolver em Portugal ideias muito interessantes e aplicações muito interessantes deste tipo de tecnologia”.