Comparando com o segundo trimestre do ano passado, as vendas globais de smartphones recuaram 20,4% entre abril e junho deste ano. De acordo com os dados avançados pela analista Gartner, foram vendidas menos 76 milhões de unidades no segundo trimestre deste ano face ao período homólogo de 2019.
No total, as vendas globais ultrapassaram os 295 milhões de smartphones, com as cinco principais marcas a assegurar mais de dois terços das vendas totais. A quebra nas vendas destes equipamentos mostra que a pandemia continua a ter um impacto nesta indústria, sublinha a Gartner. “As restrições de viagens, encerramento das lojas e a maior prudência com os gastos em produtos não essenciais durante a pandemia conduziram ao segundo trimestre consecutivo de quebra das vendas de smartphones este ano”, indica Anshul Gupta, senior research director da analista de mercado.
Entre as cinco marcas mais vendidas, só a Apple conseguiu passar relativamente ao lado das quebras, figurando como a terceira marca mais vendida globalmente. Na variação homóloga a dona do iPhone viu as vendas recuar apenas 0,4%, totalizando vendas de 38,3 milhões de unidades. A tecnológica americana conseguiu inclusive aumentar a quota de mercado em 2,6 pontos percentuais, passando dos 10,4% para os 13%.
A Samsung, que ocupa o primeiro lugar na lista das mais vendidas, foi a empresa com a maior quebra nas vendas. No segundo trimestre a tecnológica sul-coreana vendeu 54,8 milhões de unidades, menos 27,1% em relação ao mesmo trimestre de 2019. “A procura pelos topos de gama da Series S fez pouco para reavivar as suas vendas globais de smartphones”, considera o analista da Gartner.
A empresa passou de uma quota de mercado de 20,3% no segundo trimestre de 2019 para os 18,6% no mesmo período deste ano.
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A Huawei, que ocupa o segundo lugar da tabela das marcas mais vendidas, está cada vez mais próxima da Samsung. A empresa chinesa terminou o segundo trimestre com 54,1 milhões de unidades, menos 6,8% em comparação com o período homólogo. A tecnológica está com uma quota de mercado muito próxima da Samsung, com 18,4% do mercado.
Gupta defende, em comunicado, que o resultado da Huawei foi amenizado pelo desempenho na China, que “ajudou a evitar um pior resultado trimestral”. “A Huawei pôs em prática uma estratégia agressiva de apresentação de produtos e promoções na China (...)“.
Os restantes dois fabricantes mais vendidos também são marcas chinesas: a Xiaomi e a Oppo, no quarto e quinto lugar, respetivamente. As duas empresas também registaram quebras no segundo trimestre. A Xiaomi vendeu 26 milhões de telefones entre abril e junho, menos 7 milhões de unidades, terminando o trimestre com uma quota de mercado de 8,9%.
Já a Oppo viu as vendas recuar 15,9%, com vendas na ordem dos 23,6 milhões de unidades. Na variação homóloga conseguiu aumentar ligeiramente a quota de mercado, passado dos 7,6% para os 8%.
Remessas globais de computadores registaram maior quebra desde 2013
