Burla prejudicou a Apple em 800 mil euros. Autor do crime vai ter que repor parte do dinheiro e ainda desfazer-se de um Mercedes.
Existem muitas histórias insólitas que envolvem tentativas de ganhar de dinheiro à boleia da Apple, mas poucas são tão intrincadas como a de Quan Jiang. O cidadão chinês residente nos EUA declarou-se esta semana culpado de um crime de burla que envolveu iPhone falsos e fez a Apple perder quase um milhão de euros.
O caso resume-se de forma simples: Quan Jiang era a peça central de um esquema de iPhone contrafeitos. O chinês recebia encomendas de iPhone falsos vindas de Hong Kong, que depois enviava para a Apple, dando-os como defeituosos.
Como os equipamentos não ligavam, a assistência técnica da Apple ativava automaticamente a substituição dos smartphones. Quan Jiang enviou três mil iPhone falsos para a Apple e a marca da maçã substituiu metade deles por iPhone verdadeiros.
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Os iPhone genuínos eram depois enviados para a China e o dinheiro das vendas era recolhido pela mãe do autor do crime, que fazia de intermediária para o pagamento. No final, o dinheiro da venda dos iPhone caia na conta de Quan Jiang. O esquema esteve em funcionamento, pelo menos, entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018, de acordo com informações do julgamento que foram agora reveladas pela publicação GadgetNow.
Mas o dia 30 de junho de 2017 viria a ser crítico, pois foi nesta data que os elementos da Apple se aperceberam da fraude da qual estavam a ser vítimas. A gigante norte-americana enviou uma carta para uma morada a partir da qual Jiang já tinha feito 150 pedidos de substituição do iPhone, o que levantou suspeitas na Apple.
Os contornos do caso podiam resultar em 10 anos de prisão e uma multa de dois milhões de dólares a Quan Jiang, mas a acusação pede uma pena máxima de três anos e o reembolso de 200 mil dólares – o que segundo a notícia avançada, vai obrigar o burlão chinês a desfazer-se do seu Mercedes-Benz CLA 250 coupé.
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