Depois do Reino Unido, também a Austrália quer multar o Facebook

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REUTERS/Stephen Lam/File Photo

Além da multa de 565 mil euros imposta pelo Reino Unido, na sequência do caso de violação de privacidade, o Facebook pode também vir a ser multado na Austrália.

Há alguns meses, o Facebook viu-se envolvido no escândalo de privacidade da Cambridge Analytica, onde terá dado acesso a informação de utilizadores da rede social a entidades externas. Durante a investigação, foi revelado também que estes dados terão sido usados para influenciar as eleições norte-americanas de 2016.

Esta semana, o regulador britânico acusou o Facebook de ter “violado a lei ao não salvaguardar a informação sobre as pessoas”, aplicando a multa de maior valor possível neste caso: 565 mil euros. Agora, também os utilizadores australianos querem penalizar a rede social de Mark Zuckerberg.

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Segundo os relatos, há mais de 311 mil utilizadores do Facebook na Austrália que foram afetados pelo caso da Cambridge Analytica. Assim, uma firma australiana já apresentou uma queixa ao regulador das questões de privacidade na Austrália, numa ação judicial que poderá custar ao Facebook um valor que oscilará entre os 300 milhões de dólares ou os 3 mil milhões de dólares.

O valor que poderá ser desembolsado pelo Facebook na ação australiana é substancialmente maior quando comparado com os 565 mil euros pedidos pelo Reino Unido.

Netflix vai dar uma ajuda na gestão de episódios na app

Netflix
Imagem: Netflix

Uma subscrição de Netflix dá acesso ao mundo dos downloads de episódios para ver também na aplicação, sem Internet. E, com a nova funcionalidade de downloads para a app Android, a gestão vai ficar mais facilitada.

Até aqui, era preciso eliminar os episódios que estão na app quando já os tinha visto. Com a nova funcionalidade, chamada Smart Downloads, a aplicação vai apagar automaticamente um episódio que já está visto e substitui-lo pelo episódio seguinte da série.

Segundo explicou a Netflix, em comunicado, a ideia desta novidade quer tornar a experiência  de download na aplicação mais intuitiva, utilizando até a frase “o utilizador vê, nós tratamos do resto”. A ideia é que seja possível gerir melhor a utilização de dados e também o armazenamento disponível no telefone ou o cartão de memória.

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Para poupar dados móveis, a funcionalidade de Smart Downloads só faz a substituição dos episódios quando está ligado à Internet através de Wi-Fi. Caso o utilizador não queira ver ativa esta funcionalidade, é sempre possível desligá-la através das definições da aplicação. A Netflix refere que, inicialmente, a aplicação vai estar disponível para o sistema operativo Android.

A empresa de streaming lançou a possibilidade de descarregar episódios em 2016, começando primeiro pela aplicação móvel. Em 2017, acrescentou a possibilidade de downloads de conteúdos para ver offline no Windows 10.

Já é possível usar o modo anónimo na app do YouTube

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REUTERS/Lucy Nicholson

O YouTube já andava a fazer testes para integrar o modo de navegação anónima na versão Android, mas agora a funcionalidade já está disponível para todos os utilizadores.

À semelhança da funcionalidade disponível no Chrome, o modo incógnito não guarda no histórico os vídeos que vai vendo. Para ativá-lo, basta tocar na imagem de utilizador na app do YouTube e escolher a opção ‘modo anónimo’.

Ainda antes de ser ativado, surge o habitual aviso relativo a privacidade, indicando também que a atividade ainda pode ser vista pela entidade empregadora, escola e serviço de Internet. Além disso, também como no Chrome, é utilizado o indicador do ícone dos óculos e chapéu, além de uma referência com ‘está em modo anónimo’, na parte de baixo do ecrã.

Congressistas republicanos pedem esclarecimentos à Google e à Apple

REUTERS/Charles Platiau

Na sequência do escândalo do Gmail revelado na semana passada, os congressistas republicanos do comité de energia e comércio pediram esclarecimentos à Alphabet, dona da Google, e à Apple.

Avançado pelo Wall Street Journal, foi revelado que a Google estaria a permitir o acesso de terceiros às mensagens dos utilizadores do Gmail, um serviço de email utilizado por milhões de pessoas. Na sequência dessa notícia, os congressistas enviaram cartas ao CEO da Alphabet, Larry Page, e a Tim Cook, CEO da Apple, ligadas a questões de privacidade.

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Além disso, as cartas, que estão disponíveis online, também pedem mais informação sobre a possível recolha de áudio feita pelos smartphones Android e iOS.

Neste ponto, o comité questiona também o papel das assistentes digitais – principalmente no ponto de o Google Home poder ser ativado mesmo sem a frase “okay, Google”. As cartas enviadas aos CEO abordam, assim, várias temáticas, incluindo também questões sobre as políticas e condutas das lojas de aplicação.

Os congressistas deixam como prazo para ter respostas da Alphabet e da Apple o dia 23 de julho.

Com esta câmara consegue tirar fotografias ao planeta Saturno

Parece uma câmara de espião: para onde apontar a Nikon CoolPix P1000, vai conseguir ver elementos a muitos, muitos quilómetros de distância.

A Nikon tem uma nova câmara compacta com um potentíssimo zoom ótico – tão potente que os utilizadores vão conseguir captar fotografias a Saturno, que está a uma distância média de 1,2 mil milhões de quilómetros da Terra. A CoolPix P1000 tem um zoom de 125x, o valor mais elevado disponível atualmente no mercado nas chamadas câmaras de superzoom.

A empresa japonesa bate assim o seu próprio recorde, que era detido pelo modelo anterior desta gama – a CoolPix P900 tinha um zoom de x85 e também já permitia fotografar outros planetas do sistema solar.

Em vez de focar-se na fotografia espacial, a Nikon mostrou exemplos mais ‘terrestres’ daquilo que a sua câmara consegue fazer. Na imagem em baixo pode ver duas fotografias tiradas a partir do mesmo lugar, mas com distâncias focais diferentes – do lado esquerdo são 24 milímetros, do lado direito são 3.000 milímetros.

Viu o leão na fotografia da esquerda? É este o poder de zoom da Nikon CoolPix P1000.

Características técnicas

A câmara tem um sensor de 16 megapíxeis BSI, que consegue captar mais luz em ambientes de fraca luminosidade. Isso é particularmente importante neste modelo, pois a abertura máxima de lente é de f/8, o que faz com que a CoolPix P1000 seja acima de tudo talhada para fotografias diurnas.

Para ajudar nos ambientes noturnos, a câmara tem uma sensibilidade (ISO) máxima de 6400, o que acaba por dar maior iluminação às fotografias, mas sempre com mais ruído visual à mistura.

A câmara tem um ecrã rotativo, tem ligações Wi-Fi e Bluetooth e tem ainda capacidade para gravar vídeo em Ultra HD (4K).

A Nikon CoolPix P1000 vai custar mil dólares, cerca de 850 euros, e vai ficar disponível durante o mês de setembro. Ainda não há informação se também estará disponível nessa altura em Portugal.

YouTube promete investir 25 milhões para lidar com ‘fake news’

YouTube investimento

A Google anunciou algumas mudanças à plataforma do YouTube. Entre as mais sumarentas, conta-se um investimento de 25 milhões de dólares, com o principal objetivo de apoiar um jornalismo de confiança.

O YouTube não é a única plataforma que tem problemas com a disseminação de notícias falsas ou de teorias da conspiração que podem ser prejudiciais – veja-se o caso do Facebook.

Num comunicado intitulado ‘Construir uma melhor experiência noticiosa no YouTube, juntos’, a Google compromete-se a investir 25 milhões de dólares, destinados especificamente à plataforma de vídeo, no âmbito da iniciativa GNI (Google News Initiative).

No post, a Google refere que estabeleceu um grupo de trabalho para desenvolver novos produtos ligados à área noticiosa, onde conta com a presença de organizações como a Vox Media, que inclui meios de comunicação como o The Verge, Polygon, entre outros; Jovem Pan ou o India Today.

Segundo a Google, a ideia passará também por expandir este grupo de trabalho, com o intuito de perceber de que forma é possível melhorar a experiência de acompanhar notícias através do YouTube e também encarar os desafios de um mundo onde a informação circula de uma forma muito rápida.

O YouTube destaca também a questão da necessidade de reforço da credibilidade das fontes de informação. No comunicado, refere “a necessidade de fornecer mais fontes e contexto em situações de última hora”. Começando nos Estados Unidos e no Reino Unido, o YouTube passará a contar com uma ferramenta específica para notícias de última hora, onde apresentará artigos de contexto, com links para fontes de informação.

Além disto, o separador “Top News” também apresentará vídeos relevantes e contextualizados de órgãos de informação, quando um utilizador pesquisa por ‘Coreia do Norte’, por exemplo.

Preocupação com contexto e literacia digital

O YouTube está carregado de vídeos de teorias da conspiração – e uma das mais recorrentes está ligada à aterragem na Lua, em 1969. A preocupação com a desinformação está patente nestes anúncios de estratégia do YouTube, com a plataforma a referir que passará a estar associada à enciclopédia Britannica e à Wikipédia.

A lógica pode ser resumida numa palavra: contextualização. Ao pesquisar por determinados tópicos, os utilizadores vão passar a ter acesso a pequenas entradas de informação, para que possam fazer decisões informadas sobre a veracidade ou não dos vídeos que circulam. Isto estará mais ligado a um conjunto de tópicos históricos ou científicos, explica a Google.

O investimento da GNI compreende ainda um investimento em ações para ensinar literacia digital a um milhão de jovens norte-americanos, numa parceria que conta também com a Universidade de Stanford, Poynter Institute ou a Local Media Association. A ideia é juntar criadores de conteúdos do YouTube como Ingrid Nielsen, Mark Watson ou John Green para educar os jovens no campo da literacia digital.

Conheça o novo Microsoft Surface: mais barato e pequeno

A Microsoft também optou por um processador de gama baixa para conseguir reduzir o preço e por uma versão especial do Windows.

A família de dispositivos Surface tem um novo membro: chama-se Go, é mais pequeno do que os outros tablets da Microsoft – tem um ecrã de dez polegadas – e também tem um preço mais acessível – começa nos 400 dólares sem teclado, o equivalente a 340 euros. Esta parece ser a resposta da Microsoft ao novo iPad apresentado pela Apple há algumas semanas.

Em Portugal vai estar disponível a 28 de agosto, confirmou a Microsoft em comunicado. Os interessados já podem fazer a reserva do equipamento no site português da Microsoft.

Além de mais pequeno e mais barato, o tablet tem menos ‘poder de fogo’. O Surface Go vem equipado com um processador Pentium Gold 4415Y, um modelo de gama baixa e que tem como grande vantagem o menor consumo energético. A Microsoft diz que o novo tablet garante nove horas de autonomia.

O Surface Go está disponível em duas variantes – 4GB de memória RAM e 64GB de armazenamento por 460 euros ou 8GB de RAM e 128GB de armazenamento por 620 euros. Há planos para uma versão compatível com redes 4G, mas esse modelo só deverá chegar no final do ano.

Em termos de design o Surface Go é muito semelhante à linha de tablets Surface Pro – os cantos são um pouco mais arredondados, mas no geral as mudanças são poucas. O tablet tem uma construção em liga de magnésio e o ecrã, com uma resolução de 1.800×1.200 píxeis, tem um formato de 3:2.

O suporte ajustável na parte traseira é semelhante ao dos modelos topo de gama e tablet ainda integra as duas portas magnéticas proprietárias dos Surface ‘maiores’: aquela que permite ligar um teclado e outra que permite ligar o carregador.

Tal como acontece nos modelos mais caros, o teclado, uma parte importante da experiência Surface, é vendido em separado. O teclado mais simples vai custar 99 euros, enquanto o teclado mais completo custa 129 euros.

Uma última chamada de atenção para o software. O Surface Go vem equipado com o Windows 10 S, uma versão do sistema operativo que apenas permite usar as aplicações que estão disponíveis na Microsoft Store. Se quiser ter acesso ao Windows 10 na versão normal e instalar programas externos à loja do Windows, o utilizador vai poder fazer a atualização de software de forma gratuita.

N.R. [11:15 de 11/07/2018]: Notícia atualizada com informações de disponibilidade do Surface Go no mercado português.

Conheça o instrumento musical feito para tocar no espaço

Telemetron |
Foto: Steve Boxall / MIT

Para aumentar o volume da música só é preciso empurrar o Telemetron. Os voos de teste em gravidade zero foram bem sucedidos.

Os astronautas podem em breve ter uma nova forma de ouvir música no espaço: o Telemetron, um instrumento musical futurista, foi desenhado a pensar em ambientes de microgravidade, isto é, nos quais a gravidade é mínima ou inexistente.

De acordo com a publicação Motherboard, este instrumento musical foi criado por Nicole L’Huiller e Sands Fish, assistente de investigação e designer de produto do MIT Media Lab, respetivamente.

Este dispositivo transmite sons com um timbre semelhante ao da música quando é reproduzida debaixo de água. Para conseguir produzir sons, o Telemetron utiliza sinos com giroscópios, um elemento que também existe nos smartphones, e que permite determinar a posição em que o instrumento musical está.

A informação dos giroscópios é transformada em dados que depois são ‘traduzidos’ em sons – daí que ao empurrar o Telemetron, a velocidade de deslocação aumente, o que faz aumentar o volume do som.

Este instrumento futurista foi criado com objetivo de “expandir a expressão para além dos limites existentes nos instrumentos musicais que existem na Terra” e “explorar como o design e a criatividade podem evoluir em conjunto à medida que começamos a fazer mais do que meramente sobreviver no espaço”, defendem Nicole L’Huiller e Sands Fish, de acordo com a Motherboard.

O Telemetron ainda não foi ao espaço, mas passou com sucesso os testes de voo em gravidade zero, foi revelado na conferência NIME (Novos Interfaces para Expressão Musical, em tradução livre). Mesmo que o Telemetron não chegue ao espaço, cresce a possibilidade de num futuro mais próximo já existirem aparelhos capazes de desenvolver a sua própria arte sem dependerem de pessoas.

Ex-Facebook acusa: as redes sociais estão a destruir a sociedade

O antigo vice-presidente do Facebook responsável pelo crescimento de utilizadores, Chamath Palihapitiya, diz sentir-se culpado sobre o seu trabalho na rede social.

É possível alguém responsável por existirem cada vez mais utilizadores nas redes sociais star arrependido? É sim. Chama-se Chamath Palihapitiya e depois de ter liderado essa vertente como vice-presidente do Facebook, agora quer avisar os utilizadores para os riscos que correm.

Os avisos foram dados numa conferência já há uns meses, na Stanford Graduate School of Business, na Califórnia, mas que precisamente por causa das redes sociais voltou à ribalta. Aqui ficam alguns dos comentários mais importantes na conferência:

  • Sente-se “tremendamente culpado” sobre a sua participação no Facebook. “Acho que criámos ferramentas que estão a destruir o tecido social e a frma como a sociedade funciona”.
    “Os ciclos de feedback de curto prazo guiados pela dopamina (sistema do cérebro de comportamento motivado pela recompensa), onde se incluem os corações, Gostos e polegares para cima, estão a destruir a forma como a sociedade funciona”. Chamath acrescenta mesmo que, “não há discurso cívico, nem cooperação, apenas desinformação e falta de verdade. E não é um problema americana – não é sobre o anúncios russos. É um problema global.”
    Já relativamente a um incidente que levou a que sete homens inocentes em Índia fossem linchados depois de uma partida sobre raptos que se espalhou pelo WhasApp: “é com situações desta que estamos a lidar. E imaginem levar isto a um extremo, onde maus atores podem manipular grandes quantidades de pessoas a fazer o que eles querem. É uma situação muito grave”.
    Já quando lhe perguntam se os seus filhos usam redes sociais: “eles não podem usar essa m****”.

Chamath Palihapitiya, já depois da conferência, admitiu que também há vantagens de networking nas redes sociais, mas preocupa-o mais o lado negativo.

iPhone X mais barato? Conheça o próximo smartphone da Apple

iPhone X
Foto: Tyler Lastovich / Unsplash

Para ser mais barato, o dispositivo vai perder algumas das características de topo que tornam o iPhone X num líder de mercado.

Quando a Apple apresentar os seus novos smartphones, provavelmente em setembro, pode revelar uma versão mais barata do iPhone X. Quem o diz é a publicação Forbes, que também revela aquelas que deverão ser as principais características do equipamento.

O principal elemento do iPhone X, o ecrã que ocupa quase toda a parte frontal do dispositivo, vai marcar presença também no novo modelo. O que o equipamento não vai ter é um ecrã OLED, como acontece agora, mas sim um ecrã LCD e que deverá ter 6,1 polegadas de tamanho.

A fonte da informação citada pela Forbes é a Ghostek, uma empresa de acessórios que trabalha de perto com os fornecedores de componentes para a montagem de smartphones. Segundo os dados apurados, a versão mais barata do iPhone X deverá manter igualmente a tecnologia de reconhecimento facial Face ID.

Por outro lado, a câmara não será a mesma. Enquanto o iPhone X tem uma câmara principal com dois sensores de imagem, o novo modelo vai, segundo os rumores, ter apenas um sensor, à semelhança do que já acontece com o iPhone 8.

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Os rumores dizem também que a versão mais acessível do iPhone X não vai ter a tecnologia 3D Touch – que permite interagir com as aplicações mediante a pressão que o utilizador exerce no ecrã -, mas vai ter a tecnologia de carregamento sem fios para ‘compensar’.

A alteração dos componentes pode permitir à Apple baixar o valor do novo iPhone em quase 250 euros, o que poderá significar um iPhone X abaixo dos mil euros – o preço do modelo atual começa nos 1.180 euros.

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