Os mistérios da mente humana ainda continuam a ser descobertos, mas a exposição ‘Cérebro: Mais Vasto que o Céu’ promete por a nu aquilo que faz de nós animais inteligentes, passando também pelos cérebros artificiais e pela ambiguidade moral que o tema desencadeia.
Estes são os últimos dias (tem até segunda-feira, 10 de junho) para ver a exposição que está patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e foi inaugurada a 16 de março. Além de muita informação sobre como é que a mente funciona, não faltam experiências multimédia interativas para agradar a miúdos e graúdos com questões respondidas e outras por responder.
A mostra apresenta o cérebro como a estrutura mais complexa conhecida até hoje no Universo, celebrando-o nas suas múltiplas representações, da ciência à arte e à filosofia. O nome Cérebro: mais vasto que o Céu inspira-se num poema de Emily Dickinson, The brain is wider than the Sky, no qual a poetisa norte-americana descreve ainda o cérebro humano como “mais fundo que o mar” e “com o exato peso de Deus”.
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Uma das peças principais presentes trata-se de uma orquestra de cérebros, que mais não é do que uma instalação multimédia em que quatro visitantes podem ver e ouvir, em simultâneo, a sua atividade cerebral – para o efeito há um capacete especial e são projetadas imagens numa tela gigante.
São três os núcleos temáticos que compõe a mostra desenvolve um conceito fundamental e apresenta informação factual sobre o conhecimento atual das neurociências, de um modo amplamente interativo, e com múltiplas janelas abertas para a mente humana.
Mesmo no início existe uma instalação vídeo com um ambiente sonoro original da autoria do compositor Rodrigo Leão e imagens da obra “Self-reflected” do artista e neurocientista norte-americano Greg Dunn que conduzem o visitante por uma viagem, de grande impacto sensorial e emocional, pelo cérebro humano.
Também há robôs pintores do artista Leonel Moura executarão telas em tempo real durante todo o período da exposição que também aborda o cérebro artificial e a forma como os sistemas cada vez mais inteligentes como os carros autónomos vão ter de decidir entre a morte e a vida na possibilidade de acidentes (há um jogo que convida o visitante e determinar os critérios sobre como o sistema de carro autónomo deve agir em cada situação de acidente inevitável).
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