Aumento de preços das subscrições restringe crescimento da Netflix

O serviço de streaming apresentou os resultados trimestrais. Além de não ter conseguido atingir os objetivos para os mercados internacionais, foi em “casa” que a Netflix mais perdeu – pela primeira vez em oito anos, a base de assinantes nos EUA encolheu. 

Atualmente, a Netflix é o serviço de streaming dominante no mercado, mas entre abril e junho os resultados ficaram aquém das expetativas. Muitos analistas estão a relacionar a perda de 130 mil clientes nos Estados Unidos ao aumento de preços das subscrições, algo que não acontecia desde 2011. As previsões iniciais apontavam para o aumento de 352 mil subscritores, só em território norte-americano. 

Nos últimos três meses, a Netflix indica que adicionou mais 2,83 milhões de subscritores fora dos Estados Unidos. No entanto, a previsão rondava os 5 milhões de utilizadores. Na carta aos acionistas, a empresa indica que “a falha na chegada às previsões aconteceu em todas as regiões, mas foi mais sentida nas regiões alvo de aumento de preços”. Este ano, a Netflix aumentou os preços das subscrições no Reino Unido, Suíça, Grécia e Europa de Leste.

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No total, a empresa conta com 151,6 milhões de subscritores, nos mais de cem países onde a empresa disponibiliza o serviço de streaming. Reed Hastings, o CEO da empresa, aponta que, mesmo com estes resultados, a empresa ainda conseguirá cumprir as projeções para este ano – bater o número de novos subscritores de 2018.

No último trimestre, as receitas da Netflix chegaram aos 4,92 mil milhões de dólares, um aumento em relação aos 3,91 mil milhões de dólares do trimestre anterior. 

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Neste novo trimestre, a Netflix tem como previsão o aumento de 7 milhões de subscritores. Para isso, está a apostar todas as fichas na série ‘Stranger Things’, que chegou a 4 de julho ao serviço de streaming. Na carta aos acionistas, aponta ainda ‘La Casa de Papel’ ou ‘The Crown’ como trunfos para atingir as previsões para o terceiro trimestre do ano. 

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