A Comissão Europeia considera que empresas como o Facebook, Twitter ou a Google precisam de mais ação no combate à desinformação.
Num novo relatório, onde faz um balanço do esforço feito ao longo dos últimos anos para conter a desinformação nas plataformas digitais, Bruxelas considera que as tecnológicas precisam de trabalhar mais para garantir a eficácia das iniciativas que estão a ser implementadas.
Entre os pontos apontados neste relatório, que pretende avaliar a eficácia de um código assinado pelas principais empresas do setor tecnológico em 2018, a Comissão considera que houve “inconsistência e aplicação incompleta do código entre as aplicações e os Estados-membros, falta de definições uniformes” e também “as limitações intrínsecas da natureza de auto-regulação do código”, indica a agência Reuters.
Vera Jourova, comissária para a área de Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, pede às tecnológicas que intensifiquem os esforços para combater a desinformação, especialmente numa altura em que se multiplicam as notícias falsas ligadas ao tema da Covid-19. No mês passado, só o Facebook anunciou que eliminou pelo menos sete milhões de conteúdos ligados à Covid-19, que poderiam causar danos físicos a alguns utilizadores. Nessa altura indicou também que teria etiquetado pelo menos 98 milhões de conteúdos como desinformação ligada ao vírus.
“À medida que assistimos a novas ameaças e novos atores é tempo para ir mais além e propor novas medidas. As plataformas precisam de ser mais responsabilizadas e transparentes. Precisam de maior abertura e de disponibilizar melhor acesso aos dados, entre outros”, indicou Vera Jourova.
A Comissão Europeia poderá propor ainda este ano novas regras para as plataformas digitais, algo que poderá representar nova legislação para as big tech cumprirem no espaço europeu.
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