O escândalo foi revelado na Coreia do Sul, onde dois homens foram presos por esconder câmaras em hotéis, que transmitiam as imagens em direto para um site, onde havia quem pagasse bom dinheiro para ver as imagens.
As câmaras estavam escondidas em suportes para secadores, boxes de televisão ou tomadas, de uma forma bastante discreta, como mostra o relato da CNN.
Além dos dois homens, já foram também detidos outros dois que podem estar ligados ao esquema, que terá gravado mais de 1600 hóspedes. As câmaras estavam instaladas em 42 quartos de 30 unidades hoteleiras, em dez cidades na Coreia do Sul.
Segundo as autoridades sul-coreanas, ainda não há provas suficientes que indiquem que os responsáveis pelos hotéis sabiam da existência deste esquema de vigilância.
Com as imagens a serem transmitidas para um site, havia mais de 4 mil membros que compunham esta comunidade. Deste número, pelo menos 97 utilizadores pagavam cerca de 45 dólares por mês (cerca de 39,65 euros) para ter acesso a funcionalidades extra – poder, por exemplo, repetir momentos específicos de algumas transmissões.
As autoridades estimam que, desde novembro do ano passado, este site possa ter rendido mais de seis mil dólares, cerca de 5290 euros.
Leia também | Quando ‘crasha’ o Facebook e o YouTube, ganha o Pornhub
Não é a primeira vez que é revelada uma atividade deste género na Coreia do Sul – recentemente, a polícia encontrou um caso semelhante, com a diferença de que as imagens não eram transmitidas em direto na Internet.
Só em 2017, foram detetados mais de 6400 casos de filmagens ilegais na Coreia do Sul. Este tipo de situações tem estado em crescimento na Coreia, já que em 2012 o número de casos rondava os 2400. A situação está a escalar de tal forma que, no ano passado, uma manifestação em Seul e outras cidades levou milhares de jovens às ruas, com as palavras de ordem ‘My Life is Not Your Porn’ – a minha vida não é a vossa pornografia.
Gearbest, site popular em Portugal, expôs dados de milhões de clientes