Combate contra desinformação expande-se no Instagram

Instagram

O Instagram passará a etiquetar conteúdos que já tenham sido reportados como informações falsas no Facebook, a nível global, anunciou a rede social. Até aqui, funcionalidade só estava disponível nos Estados Unidos.

A revelação foi feita esta semana, através de uma publicação onde o Instagram detalha a expansão destas ferramentas de verificação de informação. De acordo com o comunicado, informações falsas vão ser etiquetadas como tal e o utilizador será avisado sempre que tentar partilhar algo, por exemplo.

Nas imagens divulgadas para acompanhar esta expansão das verificações de informação, o Instagram mostra algumas das opções de aviso. Quando for detetada uma publicação que não é de confiança, surgirá uma imagem semelhante ao bloqueio de conteúdos violentos, que tornará a publicação cinzenta, com a indicação de “informação falsa”. Se mesmo assim quiser ver o conteúdo da publicação, o utilizador recebe a indicação de que há informação falsa, com as conclusões a que os parceiros de fact-checking chegaram. O utilizador pode ainda obter mais informações sobre aquilo que está a ver.

Leia também | Irene Cano: “A inteligência artificial ajudou a reduzir 80% das fake news no Facebook”

Além da disponibilização global deste tipo de verificação, o Instagram explica ainda que haverá uma espécie de aprendizagem entre aquilo que já foi reportado no Facebook. Se algo for reportado como falso no Facebook, haverá uma partilha de informação entre os dois produtos – e vice-versa. “A etiqueta vai mostrar a classificação atribuída pelo fact-checker e ainda fornecer ligações para artigos de fontes credíveis, que desmontem as afirmações feitas na publicação”, indica o Instagram.

A mesma publicação detalha ainda como é que serão atribuídas estas “etiquetas” automáticas. O Instagram indica que usará tecnologia que faça a correspondência entre imagens e conteúdo, para “ajudar a reduzir a disseminação de desinformação”.

Leia também | Investigadora portuguesa recebe bolsa de 1,5 milhões de euros para estudar fake news

Ao longo deste ano, o Facebook, enquanto empresa-mãe de produtos como o Instagram, Messenger ou WhatsApp, tem tomado algumas medidas para combater a desinformação nas plataformas sociais. Além do aumento dos parceiros de fact-checking, o Facebook também fez chegar algumas medidas ao WhatsApp, como a indicação sobre reencaminhamento de mensagens ou o impedimento de enviar mensagens para um grande número de pessoas.

 

Viu um conteúdo falso no Facebook que se tornou viral? Saiba como denunciá-lo