As compras online em território nacional já valem mais de 40% do PIB, aponta a ACEPI, no Estudo da Economia Digital.
O estudo foi desenvolvido pela ACEPI – Associação da Economia Digital, desenvolvido em parceria com a consultora IDC. De acordo com a associação, a percentagem de portugueses que já faz compras através deste meio cresceu consideravelmente na última década.
Em menos de uma década, a percentagem de utilizadores da Internet a nível mundial aumentou de um valor inferior a 25% para quase 50%. Em Portugal, o número de utilizadores, que era de cerca de 40% da população em 2007, já alcançou mais de 74% e deverá vir a atingir um valor de quase 100% nos próximos dez anos, apontam os dados da ACEPI.
O comércio eletrónico B2B (business to business), onde se contam as compras empresariais e as compras entre as empresas e o Estado (business to government), ascendeu aos 70 mil milhões de euros, em 2017. Trata-se de um crescimento de 11,1% comparando com o ano anterior do estudo, datado de 2016. Já do lado do consumidor, com as compras B2C (business to consumer) foram ultrapassados os 4,6 mil milhões de euros em 2017 – um crescimento superior a 11%, comparando com o ano anterior.
Entre as conclusões do estudo, há também destaque para a crescente presença dos dispositivos móveis para aceder à Internet. No entanto, o panorama muda quando se trata de comprar online, onde o computador é ainda o dispositivo favorito dos portugueses para comprar online.
A oferta nacional pode ter aumentado, refere o estudo, mas ainda é além-fronteiras que os portugueses preferem fazer compras online. A China é o país de eleição, com a ACEPI a apontar o site AliExpress como a loja online onde os portugueses mais compram, principalmente produtos de baixo valor.
As compras de vestuário e moda continuam a liderar, com 57%, mas há uma categoria em franco crescimento – as compras online de produtos alimentares, onde se destaca o crescimento das compras de supermercado feitas através da Internet.
Nos meios de pagamento, a transferência bancária continua a reunir a preferência de muitos portugueses (90%), seguida de perto pelo recurso a pagamentos através da rede Multibanco (74%). O cartão de crédito também entra nesta lista, sendo usado por 68% dos portugueses. Também já se nota a presença do MBWay, com 42%. Em último da lista, situa-se o PayPal.