A Oracle poderá ser a mais recente concorrente na disputa pela operação da aplicação de vídeos curtos TikTok nos Estados Unidos. Conforme noticia o Financial Times, a gigante americana já terá passado pela fase preliminar de conversações com a ByteDance, a dona do TikTok.
Ao longo das últimas semanas, desde que Donald Trump estabeleceu um prazo de 45 dias (mais tarde alargado para 90 dias) para a aquisição da operação do TikTok nos EUA estar concluída que as notícias sobre tecnológicas que já passaram por conversações com a ByteDance têm surgido. Ainda que a Microsoft tenha sido a única a tornar público que está a negociar com a ByteDance, vários meios de comunicação já avançaram que também o Twitter já abordou a empresa chinesa.
Agora terá sido a vez da Oracle, mais conhecida pela presença no mercado de cloud e tecnologia para o mundo empresarial. O FT indica que a Oracle estará interessada na compra da operação dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia – as mesmas geografias que a Microsoft sinalizou quando tornou pública a existência das negociações.
É também avançado que a empresa não estará a trabalhar sozinha nestas negociações, mas sim com alguns investidores norte-americanos que já têm uma participação no capital da ByteDance, como o fundo de investimento Sequoia Capital ou a General Atlantic.
A entrada da Oracle nesta corrida poderá introduzir uma alternativa à opção de compra proposta pela Microsoft. O jornal aponta que a ByteDance não estará interessada em vender outras operações além das quatro acima mencionadas. Por outro lado, fontes próximas das negociações já apontaram que a Microsoft terá desenvolvido um interesse pela operação global do TikTok, especialmente pela operação europeia e indiana.
Donald Trump anunciou há algumas semanas que pretende banir a aplicação do TikTok dos Estados Unidos, alegando que o serviço representa um perigo para a segurança nacional. O presidente dos EUA assinou inclusive duas ordens executivas, uma que visa o TikTok e outra para o serviço de mensagens chinês WeChat.
Caso nenhuma empresa americana cumpra com o prazo estabelecido para as negociações estarem concluídas, Trump irá banir a aplicação do território norte-americano.
A administração Trump também já avisou que estas não são as duas únicas empresas chinesas que tem na mira. Além do já conhecido atrito com a Huawei, também já mencionou que está a olhar para outras empresas, inclusive a gigante do e-commerce Alibaba.