Para os líderes da Taxify e da Lime, a liderança da mobilidade urbana pertencerá a quem criar o melhor conjunto de alternativas para deslocações.
Muito do que se passa na Web Summit está ligado ao conceito de disrupção e, em muitos casos, fazer as coisas de forma diferente. Por isso, se se fala de trotinetes elétricas, há que fazer uma entrada diferente em cena: foi isso que Caen Contee, da Lime, e Markus Vilig, da Taxify, quiseram fazer, ao chegar ao palco de trotinete elétrica.
Em Portugal, a Taxify está disponível apenas através da aplicação para pedir uma viagem de carro, à semelhança da Uber ou Cabify, mas em cidades como Paris já disponibiliza um serviço de trotinetes elétricas partilhadas – daí a presença do responsável para discutir este tópico.
Para colocar o pé no acelerador desta conversa, o moderador faz uma analogia: “falam de planeamento urbano, basicamente estão a descrever uma relação que têm com uma cidade. Se isto fosse como o Tinder, quem é que mandaria a primeira mensagem?” Para a Lime, a resposta é clara: é o outro lado quem dá o primeiro passo. “São as cidades que vêm até nós”, responde Contee.
A Lime tem apenas dois anos de vida, mas uma valorização de milhares de milhões de dólares. E, em muitas das cidades, o facto de as trotinetes não precisarem de ser deixadas em estações próprias, tem vindo a criar algum atrito na relação. Para o responsável da Lime, “as pessoas que falam sobre os problemas são normalmente pessoas que não usam o serviço. A realidade é que as pessoas que usam o serviço querem saber, preocupam-se”.
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A Lime diz inclusive que não se vê apenas como uma empresa de trotinetes, mas sim “como uma empresa para as pessoas se deslocarem” – e isto diz respeito a todos os “form factors“, que serão diferentes para os propósitos específicos. “O movimento é quase um direito”, refere o co-fundador da Lime”.
“No futuro, é importante funcionar como um bundle [conjunto de serviços]“, aponta o responsável da Taxify, empresa da Estónia. “Temos de cobrir tudo, desde deslocações grandes a pequenas”. E, é justamente isto que fará a diferença na corrida para ganhar a taça da mobilidade urbana, aponta a Taxify: “uma plataforma que combine uma quantidade de deslocações diferentes”.
A Taxify está focada na expansão na Europa, que Markus Vilig diz ser o “core da empresa”.