“A internet traz muitas oportunidades, mas também traz muitos riscos para as crianças”

Daniel Beato NOS | NOS Safe Net
Daniel Beato é diretor de marketing para consumo da NOS. Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Operadora de telecomunicações NOS vê na segurança informática uma área que vai ter maior procura, sobretudo nas soluções que protegem os mais novos online.

As crianças recebem, em média, o seu primeiro smartphone aos 11 anos. E muito provavelmente o contacto com o mundo digital e online começou bem antes: até aos quatro anos, estima-se que 87% das crianças já têm acesso a dispositivos móveis e 76% das crianças entre seis e os nove anos já têm acesso à internet, segundo valores partilhados pela NOS.

“Já não é uma questão de apenas para quem é que eles podem ligar, mas sim o controlo do que eles podem ver online, ter entretenimento seguro, uma navegação e uma introdução ao mundo digital seguras, garantido pela melhor tecnologia possível”, explica Daniel Beato, diretor de marketing para particulares da operadora, em entrevista à Insider/Dinheiro Vivo.

“Hoje em dia a internet traz muitas oportunidades, mas também traz muitos riscos. Esses riscos são cada vez mais reais e já não são coisas intangíveis que nós vemos nas notícias, mas coisas que afetam o nosso lar”, acrescentou.

O jogo da Baleia Azul, que deixou milhares de pais em alerta, é uma prova recente dos perigos direcionados para crianças e jovens no mundo online. Isto aliado a uma maior importância que a segurança informática tem vindo a assumir, como um todo, na vida digital das pessoas, fez a operadora a assumir uma aposta nesta área.

“Temos um papel social de dar soluções às famílias que permitam protegê-las e que permitam introduzir as suas crianças neste mundo digital, de forma segura e controlada e adaptada às suas idades e ao seu estado de desenvolvimento”, sublinha Daniel Beato.

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A aposta da NOS neste segmento da segurança informática começou em dezembro do ano passado e mais focado nos mais jovens, mas a empresa alargou o conceito e agora direciona este produto para as famílias. Os utilizadores podem subscrever licenças do NOS Safe Net e ter acesso às ferramentas de proteção para smartphones da tecnológica finlandesa F-Secure.

A aplicação tem proteção antivírus, um sistema de proteção de dados pessoais, opções de controlo parental e até de gestão do equipamento à distância que permite, por exemplo, apagar os conteúdos do smartphone em caso de roubo. Duas licenças custam 1,49 euros por mês, cinco licenças custam 2,49 euros por mês e dez licenças custam 3,99 mês.

“Estamos a falar do preço de dois cafés, três cafés no máximo dos máximos. Estamos aqui a falar de um valor simbólico, mas também é importante para as pessoas perceberem que isto tem uma relevância e uma centralidade. Ou seja, é um risco que existe e nós temos que nos proteger”.

Já com “alguns milhares de clientes” neste serviço, Daniel Beato promete que a operadora vai continuar a apostar na área da segurança informática junto dos consumidores finais e refere mesmo que “ficar de braços cruzados perante este tema seria irresponsável do nosso lado enquanto operador”.

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