Explicamos como é que pode ver-se livre das trotinetes mal estacionadas da Lime, em Lisboa. Está à distância de um telefonema ou um e-mail.
O estacionamento indevido não é um problema que diz respeito aos automóveis. Esse é mesmo um dos problemas mais frequentes nesta nova era das trotinetes elétricas, que já chegou a Lisboa e está perto de chegar ao Porto, Braga e outras cidades portuguesa – pelo menos é isso que promete a empresa californiana Lime.
Uma ou várias trotinetes deixadas no local errado podem bloquear garagens, lojas e afins e, quem não for cliente desse tipo de serviços – para já ainda só está ativo o da Lime -, fica sem saber como resolver ou reportar a situação. Numa entrevista com o launcher, ou diretor de operações da Lime em Portugal, Luís Pinto, explicou-nos como a empresa está a dar resposta a essa problema.
A empresa californiana que tem crescido vertiginosamente nos Estados Unidos e na Europa – e expande-se já para outras zonas – tem como lema, a melhoria constante. Daí que o responsável indique (como pode ver e ouvir no vídeo em cima), que a Lime em Lisboa tem uma equipa que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, para dar apoio à operação e recolher qualquer trotinete mal estacionada ou danificada. Para isso, qualquer pessoa, cliente ou não da Lime, pode ligar para o número 308 800 684 (é o mais rápido) ou mandar e-mail para Support@li.me.
Testámos o serviço de denúncia
A empresa garante que tem sempre alguém à escuta e está preparada para dar resposta em pouco tempo (pode ser em minutos), dependendo do local e da disponibilidade das equipas. Fizemos o teste. Ligámos para o número de telefone e depois de um menu automático, ficámos a falar com uma operadora (com sotaque brasileiro) em poucos segundos.
Para reportar trotinetes mal estacionadas é-nos pedido o número da trotinete, que está registado no próprio veículo, já que assim sabem de imediato em que rua ela está. Não há garantias que a recolha seja imediata, indicam apenas que a recolha será feita no máximo em 24h.
Leia mais: É oficial: trotinetes elétricas da Lime chegam a Lisboa
A Lime, para dar resposta a alguns problemas que teve com o sucesso esmagador nos Estados Unidos, começou a utilizar um requisito para se fechar viagem: todos têm de tirar foto à trotinete e à zona onde a deixaram para poder terminar a viagem. No entanto, só se alguém fizer queixa de um estacionamento indevido é que há a hipótese de alguém ser punido pela mau uso do equipamento.
Estão a ser estudadas novas soluções que envolvem realidade aumentada para evitar o estacionamento indevido da trotinetes elétricas, explicou-nos na Web Summit o co-fundador da empresa, Caen Contee, numa entrevista que iremos publicar na íntegra em breve. O sucesso esmagador da empresa que já conseguiu financiamento da Google e da Uber tem-lhes permitido crescer, cidade a cidade, à média de cinco cidades novas por mês – já estão em mais de 100.
A facilidade de utilização das trotinetes por qualquer pessoa, “mais fáceis de andar do que as bicicletas”, indica-nos Luís Pinto, é um dos segredos do sucesso destes pequenos gadgets partilhados completamente geridos através de uma app. O serviço da Lime opera neste momento no concelho de Lisboa e tem como vantagem principal, relativamente às bicicletas partilhadas da Gira, não ter a necessidade de levantar ou deixar numa estação física. Só nas zonas históricas, chamadas zonas vermelhas, por acordo com a câmara municipal de Lisboa, é que não são passíveis de se fechar uma viagem.
A Lime vai aumentar os seus serviços de partilha a nível mundial em 2019, além das bicicletas (em Portugal não estão disponíveis) e das trotinetes, vai ter também carsharing. Portugal é uma hipótese para receber o novo serviço, indicou-nos Caen Contee na Web Summit.
Lime vai deixar de estar sozinha
A empresa norte-americana vai passar, em breve, a ter rivais em Lisboa. A portuguesa Iomo já anunciou que vai ter um serviço semelhante de trotinetes elétricas – embora a promessa de ter tudo ativo em outubro já tenha resvalado -, mas também deverá chegar em breve outra empresa, a Bungo.
A VOI, startup sueca, também está a recrutar e pode entrar em breve em Lisboa e no Porto, bem como a rival da Lime nos Estados Unidos, Bird, que também tem revelado anúncios para criar uma equipa de operações em Portugal.