Wild Code School. Lisboa vai ter uma nova escola de programação

Escola de programação | Wild Code School
Foto: apoorv mittal / Unsplash

Há portugueses que querem trabalhar e não conseguem. Há empresas tecnológicas que querem contratar e não conseguem. O código é a linguagem do futuro e uma nova oportunidade de vida para muitas pessoas.

Dois licenciados desempregados, um estudante universitário que vai congelar a matrícula e duas pessoas com o 12º ano. Estes são os primeiros candidatos alistados para a Wild Code School, uma escola de programação de origem francesa e que chega agora a Lisboa.

O primeiro curso, de programação web, arranca a 25 de março e acaba a 31 de julho. É destinado a pessoas sem qualquer antecedente na área tecnológica e funciona como uma ‘autoestrada’ para quem quer encontrar uma oportunidade de trabalho no mundo da tecnologia.

“A Wild Code School é exatamente isso: uma escola de código que permite às pessoas formarem-se, em cinco meses, para o mercado de trabalho”, explica Ana Sofia Martins, responsável e porta-voz do projeto no mercado português, em declarações à Insider.

Em França, a Wild Code School já marca presença em 14 cidades e 2019 é o ano da expansão internacional: além de Lisboa, a startup também vai lançar o seu programa de ensino em Madrid (Espanha), Berlim (Alemanha) e Londres (Reino Unido). O primeira subsidiária internacional surgiu em outubro de 2018, em Bruxelas (Bélgica).

“A nossa equipa central responsável pela análise de desenvolvimento de negócio esteve a ver várias cidades, vários países, e percebeu que em Lisboa, especialmente com a vinda do Web Summit e com outros concorrentes que estão em Portugal, fazia sentido lançar a escola aqui”.

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Até ao final do ano o objetivo é formar um total de 40 pessoas em desenvolvimento web e ‘apalpar’ o mercado para perceber que outras formações podem fazer sentido no mercado português.

“Vamos tentar adaptar-nos ao mercado. Por exemplo, em França nós temos um polo em Toulouse e temos empresas como a Airbus que trabalham em conjunto connosco em alguns projetos. Às vezes podemos criar cursos que façam sentido se as empresas nos abordarem”, sublinhou Ana Sofia Martins.

O curso da Wild Code School tem ainda a particularidade de permitir que, no último mês, os estudantes escolham outro país para cumprir o que falta da formação. “Projetos reais e num grupo europeu de escolas. Esta é a maior diferenciação que temos”, explica a responsável no mercado português.

A inscrição no curso custa 5.000 euros e a Wild Code School está a procurar parcerias com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e com entidades bancárias para facilitar o acesso de mais pessoas ao seu programa de reconversão profissional.

A startup, nascida em 2014, está também a oferecer cinco inscrições no primeiro curso exclusivamente às cinco primeiras mulheres que se candidatarem. “Nós temos apenas 25% de mulheres nas nossas escolas e é isso que queremos mudar”.

Em Portugal já existem mais empresas que disponibilizam cursos de programação de curta duração, casos da IronHack, Le Wagon e Academia de Código.

Aprender a programar a linguagem do futuro mudou-lhes a vida