Fabamaq. A tecnologia portuguesa dá cartas nos casinos de vários pontos do globo

    Fabamaq

    Da tecnológica portuense saem máquinas e jogos de casino para todo o mundo, com especial foco no mercado asiático. Com o negócio em expansão, a empresa quer continuar a recrutar talento.

    É dentro das várias salas da portuguesa Fabamaq que são criados jogos para alimentar um dos segmentos que movimenta milhões de euros: os jogos de casino. Criada em 2010, a empresa especializou-se no desenvolvimento de software para esta área, dividindo atenções entre dois segmentos de mercado, o de landbased, onde é necessário ter uma máquina física, como as que estão nos casinos, e o segmento online.

    “Para o online desenvolvemos jogos que podem ser experimentados em diversos dispositivos – smartphones, tablets, desktop ou portáteis”, explica Sérgio Pascoal, chief business officer da Fabamaq. Em Portugal, a faceta mais conhecida dos jogos criados na empresa está nos jogos online criados para o Grupo Solverde, desenvolvidos “em exclusivo” para a empresa, diz Sérgio Pascoal.

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    “Os restantes produtos desenvolvidos na Fabamaq não são jogados em Portugal”, destinando-se a mercados internacionais, como Filipinas, México, Espanha ou Irlanda. Entre os vários mercados, o responsável da Fabamaq aponta a presença “mais acentuada no mercado asiático” do software de jogos da Fabamaq.

    Mas até chegar aos casinos e sites de jogos online de vários pontos do globo há uma longa cadeia de produção. Em primeiro lugar, é preciso definir a tipologia do jogo. “A Fabamaq recebe o pedido e começa a estudar e a analisar o mercado onde será operado o jogo, visitando, na maioria dos casos, o local, para a recolha de dados com maior precisão”.

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    A partir daí, é aberto o projeto a nível interno e são definidas as equipas necessárias para desenvolver o jogo. “Falamos concretamente dos responsáveis de produto, projeto, som, design, desenvolvimento, matemática…”, diz Sérgio Pascoal. Ainda antes de chegar ao cliente, há vários testes envolvidos. “Seguem-se os processos de certificação interna (através da realização de testes) e externa do jogo e por fim a sua entrega com o respetivo certificado ao cliente”.

    Em janeiro de 2018, a empresa cedeu à vontade dos clientes e criou uma área dedicada especificamente ao desenvolvimento de jogos online. Nascia assim a Obu Studios, que já conta com uma equipa dedicada e um espaço próprio. “Como qualquer empresa, a Fabamaq está atenta ao mercado e às oportunidades que aparecem e podem ser potenciada”, explica Sérgio Pascoal, recordando o desafio de um dos clientes.

    O responsável da Fabamaq explica que a evolução do Obu Studios está em terreno positivo. “Temos obtido um feedback positivo das nossas entregas e a equipa encontra-se focada e a trabalhar intensivamente na criação e no desenvolvimento de novas linhas de produtos”.

    Há vagas em aberto

    Quase podia ser usado o ditado “de 8 a 80” para falar sobre a expansão da empresa portuguesa de software ao nível de colaboradores. De 9 trabalhadores no arranque da empresa, hoje a Fabamaq conta com 160 colaboradores – e não pretende ficar por aqui. Até ao final deste ano, a empresa aposta as fichas na contratação, com o objetivo de aumentar a equipa até aos 180 trabalhadores. Atualmente, a Fabamaq tem vagas abertas para as áreas de controlo de qualidade, hardware e sistemas de jogo.

    Se o objetivo de recrutamento para 2019 já está traçado, há uma dose de trabalho envolvido para conseguir contratar na competitiva área das tecnologias de informação. A estratégia da Fabamaq para recrutar é diversificada, misturando candidaturas online, com visitas a universidades ou a eventos focados na produção de jogos. Mas há também outras alternativas, como um sistema de referência interno, onde são os próprios trabalhadores a recomendar candidatos. “O sistema de referências interno muito enraizado e envolve cada um dos nossos colaboradores na deteção do melhor perfil para a necessidade da empresa”.

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    Sérgio Pascoal explica que a empresa procura um perfil específico para os seus colaboradores. “Procuramos perfis capazes tecnicamente, mas também colocamos um grande peso nas soft skills”. “Queremos contar com pessoas abertas à partilha e receção de conhecimento e com a flexibilidade necessária para encarar a mudança como parte do processo de crescimento”.

    Fabamaq promete não ficar por aqui no que toca a contratações. “A evolução da operação tem-nos demonstrado que este processo de crescimento e expansão da equipa deverá continuar no futuro”.

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