Colocámos à prova três smartphones da moda (Samsung Galaxy Note 9, iPhone X e Huawei P20 Pro) para ver qual grava melhor vídeos em locais com pouca luz… ou seja, qual o melhor para fazer filmes de terror.
O MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa está à porta e além de filmes de terror vem também um concurso de curtas para serem gravadas com smartphone. Os vencedores vão chegar à 12.ª edição do Festival, que terá lugar de 4 a 9 de Setembro, no Cinema São Jorge.
Para o nosso teste, que pode ver no vídeo, colocámos em teste o novo e gigante Samsung Galaxy Note 9, o recente Huawei P20 Pro (conhecido por ter as melhores fotos à noite – já testámos isso mesmo de Roma a Paris por aqui) e o mais ‘antigo’ (do final do ano passado) e prestes a ser substituído pela Apple, o iPhone X.
Todos eles têm câmaras principais com duas lentes e, no caso do P20 Pro, tem mesmo uma terceira que é o que permite fazer zoom ótico de 2x, algo que o Note 9 e o iPhone X também tem com apenas duas lentes. Todos são topos de gama notáveis repletos de boas caraterísticas e todos gravam em 4K.
Outra caraterística importante na hora de gravar um vídeo destes, em movimento, é o estabilizador ótico de imagem (OIS), que permite tornar os movimentos com o telemóvel um pouco mais suaves. É surpreendente ver em ação o chamado OIS nos três smartphones e não é fácil dizer qual é o melhor visto que os resultados são francamente bons mesmo em corrida com o telemóvel na mão, algo que fizemos na gravação do vídeo. Também foi fácil fazer planos fixos com imagens muito estáveis mesmo só segurando com as mãos e sem qualquer apoio de tripés ou gimbal como o DJI Osmo Mobile 2. O mais surpreendente foi ver que o iPhone esteve ou nível – pareceu mesmo superar – os rivais nesta área.
Já na qualidade de imagem, no ecrã pareceu sempre que o iPhone foi muito mais escuro e menos detalhado do que o Note 9 ou o P20 Pro. O que captou maior claridade em zonas verdadeiramente escuras foi o Note 9 e o P20 Pro andou lá perto. O modelo da Huawei mostrou uma funcionalidade útil, graças ao uso da inteligência artificial mesmo em vídeo. Reconheceu uma cara – da nossa colega Cátia, que participou na aventura – e tornou essa zona um pouco mais clara. O Note 9 pareceu sempre o modelo mais à vontade no vídeo com pouca luz, não só com maior claridade mas também mais detalhe.
O que o nosso teste também revela é que os smartphones são, de facto, cada vez mais (e cada vez melhores) máquinas de filmar notáveis para o tamanho que têm. Isto numa altura em que já há curtas-metragens e filmes gravados com smartphones que venceram prémios, como é o caso do filme de Steven Soderbergh Unsane, do filme de 2015 Tangerine ou do documentário que ganhou um Óscar, Searching for Sugar Man – gravado em parte com um iPhone.