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A iRobot lança a 15 de fevereiro em Portugal o seu produto mais apetecido: o novo Roomba i7+, um aspirador robô com uma base que se limpa sozinho. Já testámos e ficamos confortavelmente convencidos.

Let’s get ready do rumble!” A expressão de Michael Buffer tornou-se famosa no mundo do boxe, para dar início aos combates. Por algum motivo, sempre que pusemos o Roomba i7+ em funcionamento, carregando no ecrã do telemóvel, vinha-nos à memória essa expressão incentivadora, com uma adaptação: “Let’s get ready to Roomba!

A Roomba não é uma estranha para nós, na Insider. No verão passado entrevistámos a investigadora portuguesa Manuela Veloso, uma especialista mundial em inteligência artificial e robótica a viver no EUA, que nos contava como há 15 anos que não aspirava o chão da sua casa. Porquê? Confiava desde essa altura na Roomba.

O produto da empresa norte-americana iRobot especializada na área há mais de duas décadas tem ganho alguma tração nos últimos anos na Europa. Depois do verão, tivemos oportunidade de por à prova a promessa feita pela investigadora, quando testámos o modelo e5, num duelo de aspiradores-robô que envolveu também uma Rowenta topo de gama. Na altura, ficámos surpreendidos pela agilidade da Roomba, face ao modelo mais caro da Rowenta, pela facilidade em ir aos cantos e pela eficácia na aspiração (com menos ruído). A Rowenta ganhava no espaço do depósito no interior do aspirador robô.

Agora surge o modelo mais esperado da iRobot. O Roomba i7+ já foi lançado nos EUA, com grande notoriedade por acrescentar a nova função de auto limpeza. O lançamento oficial nas lojas portuguesas é a 15 de fevereiro, mas há é possível encomendar. A grande novidade é o tal sistema de auto limpeza, uma das maiores inovações para a empresa nos últimos anos.

E como funciona? Esta versão completa i7+, com uma coluna na chamada estação de carga, permite que assim que a Roomba complete a limpeza e recolha de forma autónoma à base, o depósito seja limpo (graças a um segundo motor na Roomba) e acumulado num saco na tal coluna. A iRobot diz que é possível fazer cerca de 30 ciclos completos pela casa sem substituir o novo saco.

Ou seja, é fácil passarmos três meses sem ter de mexer nem na Roomba nem na sua base (substituir o saco). Elimina por completo a tarefa menos agradável de ter um aspirador-robô, que é limpar o seu depósito. No nosso teste o sistema funcionou sempre na perfeição, na forma rápida (são alguns segundos), como limpou o depósito da Roomba e a deixou pronta para nova limpeza.

É o conforto completo da limpeza doméstica, onde podemos passar três meses (dependendo do tipo de uso) sem mexer no robô que nos aspira a casa sozinho (e mesmo nisso está cada vez mais perfeito). Até porque a app iRobot funciona na perfeição, mesmo quando estamos no local de trabalho e queremos por a Roomba em casa em operação. A ligação entre Roomba e smartphone é bem simples. Basta seguir as instruções da app para fazer a ligação inicial, onde damos acesso ao Wi-Fi de casa ao aspirador-robô. Depois, podemos programar por horas e dias da semana o momento em que o Roomba entra em ação e, graças ao novo mapeamento inteligente, podemos também escolher divisões em concreto onde é feita a limpeza.

Mapear a casa ao pormenor

O mapeamento da casa está mais completo e inteligente do que nunca, indica a Roomba. Pelo que vimos, ficámos convencidos. Existem cerca de 60 sensores no Roomba e uma câmara, que ajuda ao modelo a reconhecer cada divisão da casa. Depois de três ciclos completos pela casa, ficamos com o seu mapeamento completo – precisamos depois só de definir onde fica a sala, a cozinha, o wc, etc. É possível inclusive mapear andares diferentes. Embora o Roomba ainda não desça as escadas sozinho, pelo menos não cai delas (tem sensores a evitar que isso aconteça).

iRobot Roomba i7+

A vantagem é que podemos selecionar a divisão que queremos que o Roomba i7 aspire. Essa é uma ajuda preciosa porque estes aspiradores robô funcionam melhor quando não há pessoas a passear na divisão que estão a aspirar. O Roomba i7 funciona como um pequeno computador, embora ainda não use boa parte da sua capacidade de processamento e, no futuro, será possível, por exemplo, selecionar na app partes especificas da casa onde não queremos que o robô vá (por exemplo, perto da árvore de Natal).

Também está disponível a ligação aos assistentes digitais Alexa e Google Assistant, dando-nos hipótese de darmos comandos de voz para a Roomba i7 aspirar, por exemplo, a sala.

A iRobot indica ainda que nunca teve tanto poder de aspiração numa Roomba, com novos sensores e escovas mais eficazes para aspirar todo o tipo de sujidade. Só não há ainda reconhecimento de dejetos de animais (para não tentar os aspirar), o que para algumas pessoas poderia ser útil.

O preço condiz com o luxo e o conforto que o modelo permite: o modelo sem a base de auto limpeza custa 899 euros e com o sistema completo sobe para os 1199 euros. Os novos sacos do sistema de auto limpeza compram-se em pacotes de três, por 19,99 euros (a própria Roomba vem já com dois).

 

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