Quando lançou o Moto G, em 2013, a marca tentou ser a referência no segmento dos smartphones de gama média. Cinco anos depois, a Motorola ataca outra vez.
Pode ter sido um anúncio relativamente discreto da Lenovo – sobretudo quando comparado com o Yoga Book -, mas o novo Motorola One Power pode acabar por revelar-se uma aposta certeira. Porquê? Porque a empresa apresenta um smartphone muito interessante na relação qualidade-preço e responde a algumas das principais exigências dos consumidores.
Por 300 euros, preço para os mercados europeus, os utilizadores levam para casa um smartphone que no exterior faz lembrar o iPhone X da Apple. Está lá o inevitável recorte preto na parte superior do ecrã e o paralelismo é inevitável. O painel é de grandes dimensões, tem o formato ‘esticado’ (19:9) e apresenta uma resolução Full HD.
A qualidade de construção não está – nem podia estar – ao mesmo nível de um iPhone, mas ainda assim é um dispositivo confortável de agarrar e de aspeto polido.
Segundo elemento importante: é um smartphone que pertence ao programa Android One. Isto significa que mantém uma experiência quase pura do sistema operativo da Google e está na linha da frente para receber atualizações de software que são entregues pela própria gigante norte-americana.
Depois é um telemóvel que vem com uma câmara fotográfica de duplo sensor – 12 + 5 megapíxeis – o que já começa a ser um standard para quem compra um smartphone novo. Vem ainda com a aplicação Google Lens integrada de origem, uma ferramenta de inteligência artificial que faz um reconhecimento visual dos elementos que estão em nosso redor. À frente há uma câmara de oito megapíxeis com o chamado ‘modo retrato’, que desfoca o fundo das selfies para deixar os rostos em maior evidência.
O Motorola One Power vem equipado com um processador Snapdragon 636, de oito núcleos de processamento. Não sendo um chip poderosíssimo, tem ‘estaleca’ suficiente para a esmagadora maioria das aplicações e para assegurar ao utilizador uma experiência que deverá ser fluída.
Pelo pacote completo, o preço de 300 euros é um chamariz extra para os consumidores. A Motorola promete ainda dois dias de autonomia para este dispositivo, mas o primeiro contacto na IFA não deixou qualquer indicação sobre esta performance. Só com os devidos testes será possível perceber se o Motorola One Power é uma proposta tão interessante no dia a dia quanto parece ser na folha de papel.