O filme Regresso ao Futuro fez-nos sonhar com o hoverboard. E ele chegou… com rodas

Testámos um hoverboard e comparamos com o de Marty McFly, que na verdade era um skate voador que fez tanto sucesso que o próprio realizador desmentiu que voasse mesmo.

A ficção científica há muito que tem inspirado cientistas e inventores para criar novos e entusiasmantes produtos. Estávamos em novembro de 1989, quando o filme Regresso ao Futuro II chegou às salas do mundo (em Portugal chegou em dezembro).

Foi lá que se viu pela primeira vez uns skates voadores chamados hoverboards, quando Marty McFly vai ao futuro (21 de outubro de 2015) e é obrigado a os usar para fugir. A “inovação” fez tanto sucesso que o realizador, Robert Zemeckis, foi obrigado a desmentir várias vezes que eles voavam mesmo.

Leia também | Como é que seriam os gadgets dos anos 80 e 90 se fossem feitos pelas empresas de hoje?

Já muitos tentaram replicar a tecnologia no filme sem grande sucesso comercial, daí que desde 2015 que os hoverboards com rodas e sem sistema magnético para voar começaram a ter sucesso nos Estados Unidos e há pouco tempo que começaram a chegar à Europa.

Testámos um desses modelos, o DOC 2, da marca italiana Nilox. O nome promete mais do que este hoverboard concretiza porque não paira mas é mais uma tábua com rodas que se autoequilibra. Durante uma semana, várias pessoas da redação da DN Insider/Dinheiro Vivo andaram em cima deste hoverboard que, admitamos, se torna viciante depois de começar a usar-se.

A maioria demorou poucos segundos a habituar-se a andar com facilidade. O segredo está em não nos tentarmos equilibrar, ele faz isso por nós. Depois, uma pequena inclinação no pé e estamos a andar. Com mais confiança chegamos aos 10 km/h, que pode parecer pouco mas em ambiente fechado é muito.

Leia também | Conheça os aspiradores chineses que querem dominar Portugal e o mundo

Os 12 quilómetros de autonomia com uma carga permitem usar alguns dias sem problemas. Se no interior com piso liso é um excelente meio de deslocação viciante, na rua “sofre” muito com buracos e com a calçada onde temos de ir mais lentos ou mesmo com o aparelho elétrico de 13 quilos debaixo do braço (o que não é prático).

Embora tenhamos ficado surpreendidos pela facilidade de uso e com a forma como se torna parte de nós, não é para todas as ocasiões e não cumpre o sonho prometido pelo hoverboard de Marty McFly que só não circula bem por cima de água. O DOC 2 vai deixar saudades, especialmente junto do nosso veterano Vítor Martins (com 60 anos), que o usou todos os dias.