Smartphones chineses já representam quase um terço do mercado europeu

Xiaomi Mi 8
Reuters/Toby Melville

A Canalys revelou os dados mais recentes sobre as vendas de smartphones no mercado europeu. No último trimestre de 2018, as vendas de smartphones de fabricantes chinesas já representaram quase um terço do mercado europeu.

Os smartphones de marcas chinesas podem estar a ser alvo de escrutínio nos Estados Unidos mas, segundo estes dados, estão a conquistar mais utilizadores na Europa. Combinadas, as quotas de mercado da Huawei, Xiaomi e HMD Global (fabricante dos smartphones Nokia) representaram 32% das vendas de smartphones na Europa. Trata-se de um crescimento considerável, quando comparado com o mesmo resultado do quarto trimestre de 2017, quando a quota das mesmas marcas combinadas totalizava 21,2% do mercado.

No geral, as vendas de telefones na Europa decresceram 4%, em relação a 2017, ficando pelos 197 milhões de unidades. Focando no quarto trimestre de 2018, as vendas de telefones na Europa passaram dos 58 milhões para os 56,6 milhões de unidades.

Nos primeiros lugares, figuram a Samsung, com 61,6 milhões de unidades. Apesar de ser a marca com maior número de vendas na Europa, as unidades decresceram 10% em 2018, de acordo com os dados da Canalys. No segundo lugar das marcas mais vendidas no mercado europeu está a Apple, com uma quebra de 6%. No total do ano, a marca da maçã vendeu 42,8 milhões de smartphones na Europa.

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O aumento das vendas de smartphones chineses na Europa é liderado pela Huawei, que cresceu 54% em 2018, com 42,5 milhões de unidades. Isto coloca a marca chinesa no terceiro lugar do pódio. A Xiaomi e a HMD Global, marcas relativamente recentes nesta lista das mais vendidas, também cresceram. No último trimestre do ano, a Xiaomi, por exemplo, ultrapassou a marca dos 3,4 milhões de unidades vendidas. A HMD viu as vendas decrescer em relação ao mesmo período de 2017, passando dos 1,6 para 1,3 milhões de unidades.

“A situação política entre as empresas chinesas e o governo norte-americano tem beneficiado os consumidores europeus”, diz o analista da Canalys Ben Stanton. “A administração americana está a levar as empresas chinesas a investir no mercado europeu em vez do maduro mercado americano”.

O segmento das restantes marcas (outras, como referido pela Canalys) diminuiu em 2018, com uma quebra de 44,8%. Ainda assim, nos últimos três meses de 2018, esta categoria representa vendas na ordem dos 7,6 milhões de terminais.

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