Do CEiiA vai nascer uma produção de 10 mil ventiladores para enfrentar pandemia

António Costa, CEiiA
Foto: Pedro Granadeiro/Global Imagens

Durante uma visita ao CEiiA, António Costa indicou quais os planos de produção de ventiladores a partir do centro de investigação. Até ao final de abril, CEiiA vai produzir os cem primeiros ventiladores. 

Esta semana, durante o debate quinzenal, António Costa já tinha indicado que o CEiiA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel) estava a transformar-se para produzir um protótipo de ventilador, que mais tarde servisse para alavancar a produção deste tipo de equipamento médico em Portugal.

Dias depois, Costa rumou ao Norte do país para uma visita ao centro, localizado em Matosinhos, e ainda uma visita ao Citev – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, em Famalicão. Em declarações feitas no final da visita ao CEiiA, o primeiro-ministro deu conta de alguns dos números ambicionados para a produção de ventiladores.

“O CEiiA foi convertido e está focado no projecto de criar prototipagem em Portugal para produzir ventiladores”, explicou António Costa, destacando a necessidade deste tipo de equipamento para a “batalha que a nível mundial todos travamos”. Assim, até ao final de abril, o objetivo de produção do CEiiA passa pelos primeiros cem ventiladores. “Em maio [produzir] os primeiros 400 ventiladores e a partir daí poder descentralizar para a indústria nacional, de forma a que nos próximos seis meses possam ter 10 mil ventiladores em produção”.

António Costa sublinhou ainda a necessidade de “multiplicar a capacidade de ventiladores” existentes no país. Uma das soluções encontradas passa pela reorientação da produção industrial, como aconteceu no CEiiA, para produzir este tipo de equipamentos. “O trabalho de engenharia no CEiiA permitiu trabalhar nisto e produzir em tempo útil ventiladores que possam responder às necessidades.”

José Rui Felizardo, líder do CEiiA, destacou a “importância do papel da comunidade médica” no desenvolvimento deste protótipo. O responsável pelo centro referiu ainda “que o ventilador mecânico corresponde a 15 dias para chegar a um protótipo industrializável”, indicando que os profissionais do CEiiA estão “a trabalhar num longo turno para atingir este objetivo”.

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