Nesta lista encontra aqueles que são alguns dos gadgets, serviços e produtos tecnológicos que vão dar que falar em 2019. Se por bons ou maus motivos, só o tempo o dirá.
Por Cátia Rocha, João Tomé e Rui da Rocha Ferreira
Além das principais tendências tecnológicas que vão marcar o ano de 2019 – pode ver as principais aqui -, há serviços e gadgets específicos que vão ser incontornáveis. Seja pela escala do projeto, seja pelo impacto que podem causar nas respetivas indústrias.
Veja na galeria em baixo quem são os grandes eleitos e por que motivo merecem a sua atenção.
Anthem. Tudo para vingar – ou falhar
Vai ser um dos grandes jogos do ano – se por bons ou maus motivos, só o tempo dirá. Anthem é o novo título do consagrado estúdio BioWare, que pertence à gigante Electronic Arts. O que mais chama a atenção em Anthem é a escala e ambição do jogo.
Anthem mistura vários conceitos que mostraram ser fórmulas de sucesso nos últimos anos: os jogadores vão ter acesso a um mundo aberto, vão explorar o terreno de jogo e concretizar missões com a ajuda de mais três elementos, vão poder fazer evoluir as personagens e encontrar novas combinações de ataque e também vai haver uma forte componente competitiva online.
Não são muitos os detalhes sobre a história, mas sabe-se que será uma luta de bem contra o mal e que vai envolver muita tecnologia.
É esta mistura de ingredientes que torna Anthem um jogo a manter debaixo de olho e este mesmo motivo pode fazer que seja um dos grandes flops do ano. Não seria a primeira vez que uma grande produção dos videojogos desiludiria apesar de prometer uma aventura épica aos seus jogadores.
O lançamento de Anthem acontece a 22 de fevereiro e é provável que já nas próximas semanas ouça falar bastante deste jogo. – R.R.F.
Goste-se ou não, os dobráveis vêm aí
A empresa chinesa Royale já abriu as hostilidades: apresentou, em novembro, o primeiro smartphone dobrável do mundo que se pode comprar. A desconhecida marca roubou o momento de fama à Samsung, que pouco depois apresentou o ecrã que vai equipar o seu primeiro smartphone dobrável. Deve chegar em março de 2019 e custar perto de 1500 euros.
Estes são sinais de algo maior que está para vir: uma nova tendência de mobilidade, em que os ecrãs dos smartphones vão ser dobráveis, para que os utilizadores possam ter equipamentos com o mesmo tamanho de agora, mas com ecrãs muito maiores. Quando abertos, estes smart- phones são tablets.
Huawei e Microsoft já estão a trabalhar neste conceito. A Google também já disse que o Android vai suportar estes novos formatos. Diz-nos também a história recente que, quando surge uma nova tendência, rapidamente alastra pelos principais fabricantes.
Se esta nova geração de equipamentos promete trazer inovação, dificilmente estará acessível a muitos: como a tecnologia é nova, tudo indica que os primeiros smartphones dobráveis vão ser caros. – R.R.F.
Mais streaming: a chegada do Disney+
3 Depois de vários meses de especulação, a confirmação do serviço de streaming da Disney chegou há alguns meses. O serviço que promete fazer concorrência à Netflix chegará no final de 2019.
Chama-se Disney+ e já tem até alguns conteúdos anunciados, que vão fazer-se valer do rol de aquisições que está do lado da Disney, como bem-sucedidas sagas como Star Wars ou todo o universo da Marvel. Com tantos pormenores anunciados, ainda não se sabe, no entanto, qual será a disponibilidade inicial deste novo concorrente de streaming. E, ao que tudo indica, não vai ser só a Disney a apostar num serviço destes.
Há já algum tempo que se fala que a Apple esteja a conspirar o seu próprio serviço de streaming. E todo este falatório está bem alicerçado em contratações que a marca da maçã tem feito, para compor o seu rol de executivos. As últimas novidades são a contratação de Tamara Hunter, responsável de casting da conhecida Sony Pictures. No seu portefólio, conta com filmes como Venom, Hotel Transylvania ou o remake de Jumanji. Na Apple, Hunter vai trabalhar com outros veteranos da Sony Pictures, como Zack van Amburg e Jamie Erlicht. – C.R.
Mobilidade partilhada pelo país
Em 2018, a mobilidade partilhada invadiu Lisboa. Com o avançar dos meses, o serviço de carsharing DriveNow ganhou companhia, com a chegada da emov, que só trabalha com carros elétricos. Para quem gosta de scooters, também a eCooltra percorre a capital. No caso das bicicletas, o serviço de partilha da EMEL, a Gira, também aumentou o número de docas disponíveis.
No mês de outubro, assinalou-se a chegada da norte-americana Lime, com as trotinetes, também elas elétricas. Recentemente, a empresa ganhou companhia, com a chegada das trotinetes Hive, um serviço disponibilizado pela mytaxi. Com diferenças de preços entre si, estes serviços costumam ter algo em comum: precisa de um registo, de uma aplicação no smartphone e de pouco mais.
A mobilidade partilhada veio para ficar e promete não se confinar apenas aos grandes centros. Empresas como a Lime têm planos para expandir o seu território. Os responsáveis da empresa de trotinetes – que não descarta também a entrada no mundo do carsharing – falam em chegar a cidades como Porto, Braga, Aveiro ou Coimbra. Mas, segundo o vereador da mobilidade de Lisboa, a capital é disputada por mais outros serviços de partilha de veículos. – C.R.
Tesla Model 3 chega (caro) a Portugal
É um dos veículos elétricos mais desejados dos últimos tempos e, depois de muitos problemas na sua linha de montagem, chega em fevereiro de 2019 a Portugal – já é possível encomendá-lo. O Model 3 é o mais acessível da Tesla e começou a ser produzido em 2017, mas chega a Portugal com um preço bem acima dos 40 mil euros prometidos inicialmente.
Para já só vão ficar disponíveis os modelos mais caros Model 3 Performance (desde €71 300 euros, quase 15 mil euros mais do que nos EUA, graças aos impostos) e Model 3 Long Range (desde 60 mil euros), ambos equipados com uma bateria com 75 kWh e dois motores.
O 3 Performance tem 462 cv e vai de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos – igual ao novo Porsche 911. Tem uma autonomia de 530 km, um pouco menos do que o rei da autonomia, o 3 Long Range, que promete 544 km sem necessidade de recarregar as baterias e tem 351 cv – faz dos 0-100 km/h em cinco segundos.
Em 2019 podem surgir outras versões menos potentes e mais baratas, mas o modelo Standard deve chegar cá em 2020 e custar 40 mil euros. Já o novo SUV, Model Y, deve ser dado a conhecer ao público em março. – J.T.
Táxis aéreos começam a circular
Singapura vai ser a primeira cidade a nível mundial que irá testar em condições reais um serviço de táxis aéreos. O Ministério dos Transportes do Estado-cidade do Sudeste Asiático apoia esses testes, previstos para depois do verão de 2019.
O serviço em causa é da Volocopter, uma empresa alemã com vários investidores internacionais, que tem obtido diversas certificações para operar, inclusive na Europa, o seu veículo voador. O modelo mais recente e que vai estar a ser testado como serviço de táxis aéreos tem 18 rotores, semelhanças com um drone e, dizem os seus responsáveis, tem níveis de segurança semelhantes à aviação comercial, bem superior aos helicópteros e avionetas.
O veículo levanta e aterra na vertical (por isso, não precisa de infraestrutura de apoio), é totalmente elétrico e tem autonomia para 30 km. Está ainda a ser desenvolvido para ser totalmente autónomo, embora nos primeiros testes reais ainda vá ter um piloto. Os seus responsáveis admitem que é bem mais fácil para os veículos aéreos serem autónomos do que os automóveis, já que no ar há bem menos imprevistos. Os testes na Europa só devem começar em 2020. – J.T.
* Este artigo foi originalmente publicado na edição de dezembro de 2018 da revista Insider