Empresa suíça criou método engenhoso para aplicar tecnologia usada no espaço em painéis solares que todos poderão ter em casa.
Sabia que de toda luz que atinge um painel solar, a média de retenção de energia varia entre os 15 e os 19%? Há painéis solares com uma maior taxa de eficácia, mas costumam estar destinados a utilizações mais restritas e não tão democratizadas. É o caso dos painéis solares usados em projetos espaciais.
E se fosse possível juntar o melhor dos dois mundos: a eficiência de uns à conveniência de outros? É isso que a empresa suíça Insolight está a fazer, como escreve a publicação TechCrunch. Os painéis solares criados pela spin-off da Universidade de Lousanne têm uma taxa de aproveitamento de energia que varia entre os 30 e os 37% – ou seja, o dobro dos painéis tradicionais.
Para conseguir estes resultados, a empresa usa as mesmas células que são usados em equipamentos espaciais – que apesar de serem mais pequenos, são altamente eficientes… e caros.
Mas para manter o custo mais baixo, a Insolight arranjou uma solução engenhosa: por cima das células que convertem a energia está uma camada de lentes que tem um formato em favo. O que isto faz é direcionar a luz solar para a pequena área onde estão as células fotovoltaicas. A refração da luz faz com que o posicionamento do Sol também não importe tanto.
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Apesar de a tecnologia ser nova, é compatível com os atuais sistemas de energia solar, pelo que não necessitaria de uma grande adaptação por parte dos fabricantes ou dos consumidores.
“Esta abordagem híbrida é particularmente eficaz quando está nublado e a luz solar é menos concentrada, pois consegue continuar a gerar energia mesmo com raios difusos”, explicou Mathieu Ackermann, o diretor de tecnologia da Insolight.
“Os nossos painéis estão ligados à rede e são monitorizados de forma contínua. Eles continuam a funcionar sem problemas mesmo durante vagas de calor, tempestades e tempo de inverno”, acrescentou.
Os primeiros painéis solares da Insolight devem chegar ao mercado em 2022.
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