10 coisas que a inteligência artificial já faz por si e provavelmente não sabe

Inteligência artificial

Uma parte daquilo que faz todos os dias já tem o ‘dedo’ da inteligência artificial – talvez até mais do que aquilo que pensa.

Inteligência artificial (IA) é o conceito do momento. As empresas, grandes e pequenas, estão todas a olhar para esta tecnologia como aquela que vai transformar por completo a forma como trabalham e como o mundo dos negócios, no geral, funciona.

Inteligência artificial é também um conceito que tem sido muito discutido pelo impacto negativo que a tecnologia pode ter. Quando as máquinas tiverem uma inteligência ao mesmo nível da dos humanos, que futuro espera o Homem? Vão as máquinas dominar o mundo?

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Em qualquer um dos casos, a inteligência artificial é quase sempre apresentada e vista como uma tecnologia avançada, futurista e que ainda está a alguns anos de distância. E isto não é verdade.

Existem vários aspetos do nosso quotidiano que já são influenciados por sistemas de inteligência artificial, mesmo que isso não seja perceptível. Em baixo vai encontrar uma lista de dez exemplos de como a inteligência artificial já tem impacto na sua vida no dia-a-dia.

Adeus spam

Os principais serviços de email, como o Gmail e o Outlook, já usam poderosas ferramentas de inteligência artificial para impedir que as mensagens de spam cheguem às caixas de correio dos utilizadores. A IA também ajuda a que as pessoas não sejam vítimas de esquemas fraudulentos.

“Se receberes um email de alguém chamado Virginia, talvez haja uma letra que está em falta, mas não reparas. Os nossos sistemas reparam e mostram avisos muito grandes para que não sejas enganado a responder a esta Virginia falsa. Nós contámos fortemente com a aprendizagem automática (machine learning), é um dos casos mais antigos e nos quais mais investimos nesta área na Google”, explicou Mark Risher, numa entrevista recente à Insider.

Algoritmos sociais

Quando está a navegar no Facebook, Twitter ou Instagram, existe todo um conjunto de recomendações – de novas amizades, por exemplo – que são feitas por um algoritmo tendo por base o perfil de cada utilizador. Sobretudo no Facebook, até a posição dos conteúdos que o utilizador vê é definida de forma automática pelas máquinas, o que nem sempre é positivo.

Como nos disse o futurista Gerd Leonhard, “as redes sociais tentam-nos viciar e isso deve ser ilegal”.

O que quero ver hoje?

Se é utilizador de serviços como Spotify, Apple Music, Netflix, HBO Now ou YouTube, então está em permanente contacto com a inteligência artificial destas empresas através dos sistemas de recomendações.

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Seja um novo álbum ou uma nova série, os algoritmos estudam os hábitos de consumo dos utilizadores e sugerem conteúdos novos conteúdos para manterem as pessoas nas respetivas plataformas.

Por exemplo, já desvandámos como é que a Netflix usa a tecnologia para viciar os utilizadores.

É como se nos lessem os pensamentos

Sempre que faz uma pesquisa no Google, de longe o mais popular dos motores de busca, assim que começa a escrever alguma palavra, a ferramenta tenta adivinhar aquilo que o utilizador quer e faz um conjunto de sugestões de pesquisa. Sim, adivinhou, isto é inteligência artificial a funcionar no seu melhor.

“Nós temos sistemas com os quais as pessoas interagem, que fazem cálculos que permitem ajustar o funcionamento dos produtos que se pensa que os utilizadores preferem”, explicou-nos Fernando Pereira, vice-presidente da Google e responsável pela área de inteligência artificial.

Médicos digitais

A próxima vez que visitar o médico, o seu diagnóstico já pode ser feito com a ajuda de uma ferramenta de inteligência artificial. A Mundipharma Portugal e a IBM criaram uma ferramenta que permite aos médicos criarem um tratamento mais personalizado para cada paciente.

A A.AI.DI – nome da ferramenta – é totalmente desenvolvida em Portugal e que tem como objetivo ajudar os médicos na prescrição de medicamentos para pacientes com diabetes do tipo 2. Um projeto sobre o qual pode ler mais aqui.

O caminho mais rápido

Quer saber qual o caminho mais rápido para chegar ao trânsito de manhã? Já existem aplicações, como o Google Maps e o Waze, que fazem uma monitorização constante do estado do trânsito e das vias para sugerir ao utilizar não só a melhor rota, como aquelas que se seguem logo de imediato na lista.

O capitão deseja-vos um voo confortável

Apesar de todos os avanços tecnológicos, ter uma infraestrutura metálica de várias toneladas a voar sobre a superfície continua a ser um motivo de admiração para muitas pessoas. E se a figura do comandante é indispensável nos voos, a verdade é que são as máquinas que conduzem o avião por mais tempo. Uma reportagem do The New York Times, em 2015, revelava que em voos de aviões Boeing, os humanos só controlam, em média, o avião durante sete minutos.

O que posso fazer por si?

É uma das ideias mais antigas daquilo que a inteligência artificial poderá fazer por nós um dia – ser um verdadeiro assistente ou então um companheiro.

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Ferramentas como a Siri, Cortana, Google Assistant ou Alexa tornaram este sonho real. Os assistentes digitais são bons a ajudar em algumas tarefas – como marcação de atividades no calendário -, como também já são bons conversadores e companhias naqueles momentos mais solitários.

Hey Alexa, vamos a um jogo?

Consiga sempre as melhores ‘chapas’

Os principais fabricantes de dispositivos móveis já perceberam que na fotografia em smartphones é tão importante o software como o hardware. É por isso que marcas como a Huawei têm apostado na integração de elementos de inteligência artificial na experiência da câmara.

Um dos exemplos mais comuns é o de deteção de cena: se apontar o smartphone para um prato de comida, ele sabe o que tem à sua frente e ajusta as definições do disparo tendo em conta o cenário, para que o resultado final seja sempre o mais alinhado com as intenções do utilizador.

Adversários à altura

É provavelmente uma das áreas nas quais a inteligência artificial é mais antiga. Consegue imaginar como seria um jogo de luta ou estratégia se todas as outras personagens que não controlamos não tivessem uma inteligência definida por software? Provavelmente os jogos seriam mais aborrecidos e menos desafiantes.

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