A Apple vai atualizar o software dos iPhones na China depois de um tribunal a ter acusado de violar as patentes da Qualcomm.
A Apple vai fazer uma atualização do software que os utilizadores de iPhones usam na China na próxima semana, com vista a modificar algumas funções. Esta atualização vai ter lugar depois de na semana passada um tribunal daquele país ter acusado a empresa da maçã de ter violado algumas patentes da Qualcomm.
A tecnológica liderada por Tim Cook já fez saber, de acordo com a Bloomberg, que está a levar a cabo várias medidas para garantir o total cumprimentos das regras. E que as atualizações de software agendadas para a próxima semana vão focar-se nas características dos dispositivos que estão cobertas por patentes, o que inclui o ajuste de fotografias e aplicações de gestão através do ecrã.
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À primeira vista, a decisão deste tribunal chinês representou uma vitória para a tecnológica Qualcomm. Ambas as partes têm estado numa troca de argumentos. A fabricante de chips Qualcomm tem uma disputa mundial com a Apple em torno das taxas de licenciamento que são cobradas pelo uso de tecnologia presente em vários smartphone. A empresa da maçã, por outro lado, acusa a Qualcomm de abusar da sua posição de maior fabricante de chips para smartphone. Sendo que, a Qualcomm acabou por responder dizendo que a fabricante dos iPhone está a utilizar propriedade intelectual pela qual não está a pagar.
“Tendo por base os modelos de iPhone que vendemos hoje na China, acreditamos que estamos a cumprir as regras”, disse a Apple em comunicado citado pela agência de notícias. “Para abordar qualquer possível preocupação sobre se estamos a cumprir com as regras, no início da próxima semana vamos fazer uma atualização do software dos utilizadores de iPhone na China, abordando pequenas funcionalidades de duas patentes em questão neste caso”.
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Na semana passada, a Qualcomm anunciou que um tribunal chinês aceitou as suas reclamações contra a Apple por alegada violação de patentes e que ordenou a empresa não vendesse alguns modelos de iPhone naquele país. “Valorizamos profundamente a nossa relação com os clientes e é raro recorrer aos tribunais para nos ajudarem, mas também acreditamos na necessidade de proteger os nossos direitos de propriedade intelectual”, disse Don Rosenberg, vice-presidente executivo da Qualcomm, citado num comunicado.
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Segundo o documento, um tribunal chinês de Fuzhou aceitou “dois pedidos preliminares” da Qualcomm contra quatro filiais chinesas da Apple e ordenou que “deixem imediatamente de violar duas patentes” para importar ou vender “sem autorização” vários dos seus produtos. Na sequência deste caso, e de acordo com a Blommberg que teve acesso à argumentação fornecida em tribunal, a Apple diz que uma proibição da China vai obriga-la a resolver o diferendo que tem com a Qualcomm – um desfecho que pode prejudicar as empresas que vendem smartphones, uma vez que vai permitir uma subida das taxas de licenciamento. Entretanto, a companhia de Tim Cook já recorreu desta decisão do tribuna chinês.