A Comissão Europeia vai investigar a Associação Libra, o grupo de empresas criado para alavancar a moeda digital do Facebook, a Libra. Bruxelas estará preocupada com possíveis práticas anti-concorrência da associação.
A notícia é avançada pela Bloomberg, que indica que Bruxelas estará a “investigar um potencial comportamento anti-concorrencial” da Associação, que poderá restringir a atuação de possíveis empresas concorrentes. Os responsáveis da Comissão Europeia estarão preocupados também com a quantidade de informação que poderá ser gerada a partir da utilização da Libra e da carteira digital e os possíveis usos destes dados.
Leia também | Regulador irlandês pede explicações ao Facebook sobre transcrições de áudio
Quando a empresa de Mark Zuckerberg anunciou a Libra, em junho, o anúncio foi fortemente escrutinado, também pelos reguladores europeus como nos Estados Unidos.
Na altura, era indicado que o Facebook tinha como data prevista para o lançamento destes novos serviços 2020. Algum tempo depois do anúncio, em julho, a empresa de Mark Zuckerberg esclarecia que ela e os parceiros da associação Libra só estariam preparados para lançar a moeda digital quando as preocupações dos reguladores de mercado estivessem esclarecidas, explicava David Marcus, o executivo responsável pelo projeto.
Leia também | Facebook só lançará moeda digital quando dúvidas dos reguladores estejam esclarecidas
A Associação Libra, com sede na Suíça, foi anunciada na mesma altura da moeda e carteiras digitais Libra. A associação junta 28 empresas, de diversas áreas de atuação, desde os pagamentos, retalho, passando pela área da mobilidade. A empresa luso-britânica Farfetch ou as gigantes de pagamentos Mastercard ou Visa fazem parte desta associação, criada para desenvolver esta tecnologia de pagamentos, com o contributo das várias organizações.
Veja o interior da divisão de inteligência artificial do Facebook