Num artigo de opinião publicado no The New York Times, Chris Hughes, co-fundador do Facebook, afirma que “é hora de desmantelar” a rede social. As críticas não ficam por aqui, com Hughes a pedir ação aos reguladores.
Chris Hughes ajudou a criar a maior rede social do mundo, num dormitório de Harvard. Quinze anos depois, utiliza um artigo de opinião para descrever Zuckerberg como “uma pessoa boa e generosa”, mas não poupa na crítica. “Tem uma influência que mais ninguém tem setor privado ou no governo”, é possível ler no extenso artigo de opinião, publicado esta quinta-feira.
Criticando o monopólio da empresa que ajudou a criar e onde já não trabalha há mais de dez anos, Chris Hughes refere que Mark Zuckerberg “criou um leviatã que expulsa o empreendedorismo e restringe a escolha do consumidor”.
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Perante este cenário, o co-fundador da rede social pede aos reguladores medidas para limitar a operação do Facebook. Enquanto empresa, o Facebook tem a seu cargo o Messenger, Instagram e também WhatsApp, com as estimativas a apontar que Zuckerberg controle cerca de 80% das receitas das redes sociais. Nas palavras de Chris Hughes, “controla três plataformas de comunicação nucleares – Facebook, Instagram e WhatsApp – usadas por milhares de milhões de pessoas todos os dias”.
“O Mark consegue decidir sozinho como configurar os algoritmos do Facebook para determinar aquilo que as pessoas vêem nos feeds de notícias, que definições de privacidade usam e que tipo de mensagens são entregues. Ele define as regras”, escreve no artigo de opinião, disponível online.
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“O governo deve responsabilizar Mark. Há demasiado tempo que os legisladores estão maravilhados com o crescimento explosivo do Facebook e desvalorizam a responsabilidade de garantir que os americanos estão protegidos e que os mercados são competitivos”, aponta Chris Hughes.
Nos últimos anos, têm sido flagrantes os problemas de privacidade do Facebook, com as críticas a adensarem-se. O caso Cambridge Analytica é o maior exemplo, levando até Mark Zuckerberg a reconhecer que a reputação da empresa relativamente ao tema da privacidade não é a melhor.
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Esta semana, tornou-se conhecido que, além de uma multa avultada, as negociações entre o Facebook e a FTC (regulador norte-americano) poderão também implicar a integração de novos executivos no quadro da rede social, para discutir as questões de privacidade na atividade da empresa.
Facebook. Além de multa, acordo com regulador pode trazer novos executivos à rede social