Em junho, a Microsoft passou a uma nova fase da experiência e instalou um data center debaixo de água, perto da costa da Escócia. Agora, há câmaras com direito a transmissão em direto, para que possa ver centenas de peixes a passar por milhões e milhões de dados de informação armazenada.
O projeto Natick tem um objetivo bem definido: perceber quais são as vantagens para o ambiente e os desafios de ter um data center debaixo de água. Por isso, foi instalado um módulo com pouco mais de 12 metros de comprimento, alimentado por energias renováveis (energia eólica e solar). De acordo com o site oficial do projeto, o data center, que tem como nome oficial Northern Isles, tem espaço para guardar cinco milhões de filmes – incluindo ‘À Procura de Nemo’, ‘Big Fish’ ou, quem sabe, ‘A Pequena Sereia’- nos seus vários servidores.
A ideia é aproveitar espaço e criar também uma alternativa mais sustentável para o armazenamento de dados. A informação gerada por cada utilizador de gadgets aumenta exponencialmente, para acompanhar o número de dispositivos que temos, com capacidade para guardar informação – que pode bem estar na cloud, mas que precisa de estar armazenada em algum lado.
Em 2016, a Microsoft apresentou este vídeo, onde explicava melhor o conceito deste data center, que passou a funcionar recentemente, desde o dia 1 de junho:
A Microsoft decidiu instalar duas câmaras no exterior do data center, para que os mais curiosos possam acompanhar em direto aquilo que se passa à volta do data center. Para quem quiser ver o fundo do mar, basta ir até site do projeto, e clicar em ‘Live cameras’.
Para a Microsoft, as câmaras não servem apenas para ficar a ver os cardumes a passar – também funcionam como uma forma de acompanhar as mudanças ambientais à volta do data center. De acordo com as estimativas, este data center poderá funcionar sem necessidade de manutenção durante um período de cinco anos.