A Disney revelou alguns números sobre o seu serviço de streaming, lançado em novembro de 2019. Disponível apenas em alguns mercados, Disney+ conta já com 28 milhões de subscritores.
Em novembro do ano passado, o serviço de streaming de vídeo da Disney entrou em alguns mercados: primeiro nos Estados Unidos e Canadá e, mais tarde, na Holanda, Austrália e Nova Zelândia. A marca dos 28 milhões de subscritores pagos são, assim, resultantes da operação nestes cinco países.
Os números apresentados pela Disney ultrapassaram as expectativas dos analistas, que esperavam que o serviço tivesse atingido os 20 milhões de assinantes.
Bob Iger, CEO da Disney, indicou durante a apresentação de resultados que 50% das subscrições foram feitas diretamente através da empresa e 20% dizem respeito à parceria que a gigante do entretenimento tem com a Verizon, nos Estados Unidos. Segundo a Disney, o serviço de streaming gerou 5,56 milhões de dólares.
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O responsável pelo serviço de streaming avançou ainda que os resultados do serviço de streaming foram impulsionados por conteúdos como a série The Mandalorian, ligada ao universo de Star Wars. A popularidade da personagem Baby Yoda tem contribuído para o crescimento da base de fãs da série. A estreia da segunda temporada da série está já prometida para outubro deste ano.
Em comparação com os números da Netflix, a principal concorrente, os números ainda são modestos, olhando apenas para a operação dos Estados Unidos. No país de origem, a Netflix conta com 67,7 milhões de subscritores.
A partir de março, a Disney prepara-se para expandir a operação do Disney+. No dia 24 de março, o serviço de streaming será disponibilizado no Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria e Suíça. A chegada do Disney+ a Portugal está também já anunciada, com a empresa a indicar que o lançamento será feito no verão de 2020.
Parques e produtos valem 2,3 mil milhões de dólares
Durante a apresentação de resultados, a Disney apresentou um crescimento das receitas no quarto trimestre de 2019, situadas nos 20,9 mil milhões de dólares, mais 36% do que no mesmo período de 2018.
A empresa indica que as receitas do último trimestre de 2019 foram impulsionadas pelo bem-sucedido lançamento do filme de animação Frozen 2. Estreado no final de 2019, o filme já gerou 1,4 mil milhões de dólares em receitas de bilheteira.
Dividindo por segmentos, a área dos parques, experiências e produtos gerou receitas de 2,3 mil milhões de dólares, mais 9% do que no mesmo período de 2018.
Devido ao coronavírus, a Disney encerrou os parques de Xangai e de Hong Kong, na China. A Disney estima que estes encerramentos arranquem 175 milhões de dólares às receitas trimestrais, caso os parques fiquem encerrados durante dois meses. Christine McCarthy, CFO da Disney, estima ainda perdas adicionais de 105 milhões de dólares no parque de Hong Kong, resultante da forte quebra do turismo.