Um executivo da rede social já veio confirmar que foi detetado um bug que estaria a classificar como spam os conteúdos de fontes credíveis.
A maior rede social do mundo anunciou que foi detetado um ‘bug’ na forma como os conteúdos eram classificados na plataforma. Este problema estaria a classificar como spam algumas publicações partilhadas na rede social sobre o vírus, mesmo que estas viessem de fontes credíveis.
Em declarações feitas no Twitter, após vários meios norte-americanos alertarem para esta situação, o vice-presidente de integridade do Facebook, Guy Rosen, indicou que “este é um bug no sistema anti-spam, que não está relacionado com qualquer mudança na nossa força de trabalho de moderadores”.
“Restaurámos todas as publicações que foram removidas incorretamente e que incluíam publicações de vários tópicos – não só relacionados com a Covid-19. Isto foi uma questão ligada ao sistema automático que remove as ligações para sites abusivos, mas que incorretamente removeu muitas outras publicações também”, detalhou Rosen.
Na noite desta terça-feira, a Reuters indicava que alguns utilizadores do Facebook receberam indicações sobre como artigos de órgãos de comunicações social norte-americanos, como a Axios, Vox ou The Atlantic, estavam a violar regras da comunidade determinadas pela rede social. O bug estaria a afetar não só o Facebook mas também o Instagram, um produto detido pela empresa de Mark Zuckerberg.
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Esta questão surge um dia após o comunicado conjunto entre as principais tecnológicas, onde era indicado que estão a acompanhar o tema da Covid-19 e a unir esforços para combater a desinformação nas várias plataformas.
O Facebook anunciou também esta semana que, devido ao vírus, tomou a decisão de enviar para casa todas as pessoas que fazem revisão de conteúdos nas redes sociais. Muitas destas pessoas não trabalham diretamente para o Facebook: prestam serviços a outras empresas, que por sua vez são contratadas pela rede social. Em relação aos trabalhadores diretos do Facebook, há já algum tempo que foi pedido que trabalhem a partir de casa – só em Londres, a empresa conta com três mil empregados.
De acordo com a Reuters, tanto a Alphabet, dona da Google, com o Twitter e o Facebook já avisaram no início desta semana que, com os escritórios vazios, começarão a ser detetados mais erros na moderação de conteúdos. Nestas empresas, muita desta moderação é feita através de inteligência artificial e que, com menos supervisão humana neste contexto de vírus, os utilizadores poderão notar mais erros nestes dias.
Facebook quer evitar desinformação sobre vírus nas redes sociais