Depois de se ter tornado público que o Facebook usava uma aplicação de VPN chamada Onavo, que permitia a recolha de dados e monitorização de uso do smartphone, a rede social anuncia o fim deste projeto de recolha de dados baseado em recompensas.
A VPN Onavo já foi retirada da loja de aplicações da Google, depois de ter sido eliminada primeiro a versão da app para iOS. Na teoria, a Onavo afirmava-se como uma aplicação que permitiria limitar a quantidade de dados que era recolhida por outras aplicações e sites, recorrendo a uma rede segura. Por outro lado, a empresa por trás da app também a usava para pesquisas de mercado.
De acordo com o site TechCrunch, que avançou com a história, a Onavo permitiria ao Facebook monitorizar o tempo que as pessoas passavam no smartphone, além de recolher também informação sobre os sites que visitavam e modelo do smartphone. Esta seria uma forma de a rede social conseguir estar à frente da concorrência, percebendo que aplicações ou serviços se poderiam estar a tornar em concorrentes. Vale a pena recordar que, assim que começaram a ter números elevados de utilizadores, o Facebook comprou o WhatsApp e o Instagram, por exemplo.
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O Facebook estaria a utilizar o código fornecido pela Onavo para uma aplicação chamada Facebook Research, que pagava aos participantes pela quantidade de dados recolhidos, assim como pela capacidade para poder referenciar mais pessoas para o serviço.
Agora, este projeto para ter acesso a informações vai chegar ao fim. Ao TechCrunch, um porta-voz do Facebook prestou mais declarações sobre o encerramento deste projeto. “As pesquisas de mercado ajudam as empresas a criar produtos melhores para os utilizadores. Estamos a mudar o foco para um mercado de pesquisa baseado em recompensas, o que significa que vamos encerrar o programa Onavo”.
Com esta declaração, o Facebook parece não querer abrir mão dos pagamentos em troca de informação – mas terá de arranjar forma de conseguir fazer isto sem violar as regras de outras empresas. Quando se descobriu a existência desta app, que violava as diretrizes de empresas como a Apple, o Facebook viu as suas apps internas (tanto as de teste de produtos como as internas, para deslocações dos funcionários dentro do campus), ficarem inoperacionais.
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