Empresa de cibersegurança alertou o WhatsApp, mas nem todos os problemas foram resolvidos.
Foram encontradas falhas de segurança no WhatsApp que permitem a hackers manipular mensagens, aumentando assim a proliferação de informação falsa por entidades que à partida seriam fontes seguras. O alerta veio da empresa de cibersegurança israelita Check Point Software Technologies, adianta a Bloomberg. A empresa identificou três potenciais formas de alterar mensagens.
“Revimos esse erro com atenção há um ano e é falso sugerir que existe uma vulnerabilidade com a segurança do WhatsApp“, disse fonte oficial do Facebook, dono da aplicação de mensagens instantâneas. “O cenário aqui descrito [referindo-se às três falhas detetadas pela empresa israelita] é o mesmo que alterar respostas num segmento de e-mail para fazer com que pareça algo que uma pessoa não escreveu. Lidar com as preocupações levantadas por essa empresa pode tornar o WhatsApp menos privado – como por exemplo o armazenamento de informações sobre a origem das mensagens”.
As falhas podem ter consequências significativas, uma vez que o WhatsApp tem cerca de 1,5 mil milhões de utilizadores e é usado para fins pessoais, profissionais e políticos, alerta a Check Point Software Technologies.
A companhia chamou a atenção para os problemas no final do ano passado. Mas apenas uma das falhas identificadas foi resolvida.
A Kaspersky, empresa russa produtora de softwares de segurança para a Internet, reconhece que as falhas de segurança encontradas são “muito preocupantes”, mas isso “não significa que se deve deixar de utilizar o WhatsApp“, nota em comunicado enviado às redações.
“Os utilizadores devem ser muito cautelosos ao usar a app, principalmente em conversas de grupo”, afirma Victor Chebyshev, investigador de segurança da empresa russa. “Em caso de suspeita, os utilizadores devem confirmar com o remetente a autoria das mensagens, numa conversa privada”. O especialista aconselha o os utilizadores a estarem atentos à atualizações da aplicação e que descarreguem as novas versões “o mais rápido possível”, para que estejam em segurança.