‘Pai do Android’ terá recebido 90 milhões da Google após alegadas acusações de conduta sexual imprópria

REUTERS/Charles Platiau

CEO da Google já reagiu e confirmou que nos últimos dois anos foram despedidos 48 funcionários por conduta sexual imprópria. 

O The New York Times largou uma verdadeira ‘bomba’ no universo Google: o jornal revela que a empresa terá acordado pagar uma compensação de 90 milhões de dólares a Andy Rubin, criador do Android, após uma alegada investigação interna ter descoberto que o executivo terá tido uma conduta sexual imprópria com uma funcionária.

Em causa está um episódio que terá acontecido em 2013: Andy Rubin chamou, alegadamente, ao seu quarto de hotel uma funcionária da Google com quem manteria uma relação extraconjugal e tê-la-á coagido a fazer sexo oral. O NYT revela que a Google investigou o caso e que as alegações eram credíveis, o que terá levado à saída do executivo.

O que a Google nunca revelou foi publicamente estas acusações de conduta sexual imprópria contra Andy Rubin. Mais: a empresa terá acordado uma compensação de ‘saída’ de 90 milhões de dólares com o empreendedor norte-americano, valor a ser pago em tranches mensais ao longo dos próximos quatro anos. A última parcela será paga em novembro.

O próprio Andy Rubin já veio defender-se das alegações. “Estas falsas alegações são parte de uma campanha suja para me rebaixar durante um processo de divórcio e custódia”, escreveu o antigo executivo da Google no Twitter.

O CEO da Google, Sundar Pichai, também já reagiu, mas num email interno enviado aos funcionários da tecnológica. “Queremos assegurar-vos que revemos todas as queixas sobre assédio sexual ou conduta inapropriada, investigamos e tomamos ação”, sublinhou.

Sundar Pichai revelou depois que nos últimos dois anos já foram despedidos 48 funcionários por assédio sexual – o que acaba por salientar ainda mais o caso revelado pelo NYT. A Google terá tido a oportunidade de despedir Andy Rubin sem qualquer compensação, mas terá preferido não o fazer e ainda louvou o executivo na sua saída.

A reportagem do NYT revela ainda outros dois casos em que as resoluções da tecnológica sobre alegadas condutas sexuais impróprias não terão sido as mais corretas.