Governo americano quer dificultar exportações de software de inteligência artificial

cérebro, IA, inteligência artificial
Fonte: Pixabay

A administração norte-americana vai impor medidas para limitar as exportações de tecnologia de inteligência artificial. As novas regras entram em vigor na próxima semana.

Não é a primeira vez que se fala da imposição de medidas para tornar o processo de exportação deste tipo de software mais demorado. A partir da próxima segunda-feira, entram em vigor as novas medidas, criadas com o intuito de evitar que este software de inteligência artificial possa cair nas mãos da rival China, avança a Reuters.

Assim, sempre que as empresas que produzem determinado tipo de software com IA queiram exportar tecnologia para outro país precisam de uma licença, que terá de ser aprovada pelo governo americano. O único país que fica de fora destas restrições é o Canadá.

Leia também | Tecnologia agita mundo da lei. “Tecnológicas levantam questões interessantes e difíceis”

Estas medidas ficam a cargo do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que ficou incumbido de desenvolver estas regraspara tecnologia sensível, tendo em conta que esta poderá ser aplicada a áreas como a segurança ou desenvolvimento económico, nota a agência Reuters.

Por enquanto, estas medidas só entrarão em vigor nos Estados Unidos, mas as autoridades norte-americanas não excluem a possibilidade de tentar alargar as restrições a outros territórios.

Leia também | Facebook contrata filósofos para ajudar a inteligência artificial (e não só). O que é que isso significa?

No último ano, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China foi um tema recorrente. Segundo um estudo publicado pela Reserva Federal norte-americana, no final de 2019, os esforços da administração Trump estarão a prejudicar a economia dos Estados Unidos.

Como resultado das políticas protecionistas de Trump, o setor produtivo estará a ser o mais afetado, com perdas de postos de trabalho e aumento de preços para os consumidores, avançam os economistas Aaron Laaen e Justin Pierce, autores do estudo da Fed.

EUA adicionam tecnológicas chinesas de inteligência artificial à “lista negra” comercial