Daqui a alguns meses, Minecraft vai entrar na sua próxima década – e o jogo quer ter um papel de destaque no mundo real.
Minecraft ainda não é o jogo mais vendido do mundo, mas para lá caminha (ainda precisa de bater o Tetris). Lançado em 2009, conquista popularidade ano a ano, num mercado onde os títulos de videojogos se multiplicam. Helen Chiang, studio head do Minecraft, subiu ao palco da Web Summit para explicar como é que a fórmula funciona – e quais são os planos para a transição para fincar pé no mundo real.
Para Chiang, Minecraft ainda continua a ser o mesmo jogo que era: um conjunto de ferramentas, onde bloco a bloco, os jogadores podem dar largas à sua imaginação. “É um jogo para todos”, diz Chiang, visivelmente feliz por estar associada a um jogo que não se destina apenas a homens, mulheres ou crianças – conseguiu criar uma transversalidade.
“Todos começam com as mesmas ferramentas”, explica, mostrando que os resultados conseguidos depois dependem apenas da criatividade do jogador. “A criatividade dos nossos jogadores não se limita apenas ao jogo, também passa para a vida real”.
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Minecraft completa uma década de vida no próximo ano. Para Chiang, “o futuro do Minecraft vai além do jogo em si. Começámos a pensar como é que podemos retribuir ao mundo”. Para isso, deu alguns exemplos de como Minecraft já está a ser utilizada em escolas, para ensinar crianças a pensar na lógica de código. Afinal, a ideia dos blocos de construção, a base de Minecraft, tem vários pontos em comum com a lógica de programação.
A responsável pelo jogo reconhece também que é normal que hoje em ida os pais estejam preocupados com o tempo que as crianças passam à frente do ecrã. Ainda assim, explica que o facto de o jogo ter uma componente de resolução de problemas, apelar à criatividade ou trabalho em equipa estão a ajudar as crianças a “prepararem-se para trabalhos que hoje nem sequer existem”, dando como exemplo as próprias filhas.