Huawei: “Vamos ser líderes mundiais em smartphones já este ano”

Com os resultados em vendas de smartphones da Apple e da Samsung abaixo do esperado, o responsável da Huawei Richard Yu deixou uma previsão ambiciosa, a marca chinesa vai liderar o mercado de smartphones já em 2019.

O anúncio foi feito numa conferência de imprensa da Huawei em Pequim, citada pela agência Reuters e, a concretizar-se, será um dos factos tecnológicos mais relevantes do ano. O CEO da divisão de aparelhos móveis da Huawei, Richard Yu, fez uma declaração ambiciosa: “Mesmo sem o mercado dos EUA, nós vamos ser o número um mundial. Acredito que vai acontecer já este ano ou, o mais tardar, no próximo ano”.

Yu fala da liderança do mercado de smartphones, onde a empresa chinesa conseguiu em 2018 chegar ao segundo posto ocupado anteriormente pela Apple e aproximar-se assim da líder até agora incontestada, a sul-coreana Samsung.

Até ao verão de 2018, a Huawei esteve sempre em terceiro lugar atrás da Samsung e da Apple, mas superou a marca californiana em agosto, conseguindo um registo considerável face a números menos promissores da Samsung e da Apple. De acordo com notícias vindas da China, a Huawei vendeu mais de 208 milhões de smartphones no ano passado, um aumento impressionante de 35% em relação a 2017, quando vendeu 153 milhões de aparelhos. Esse crescimento registado contraria o que se vê na indústria dos smartphones como um todo, que perdeu 3% em vendas de smartphones em todo o mundo em comparação com o ano anterior.

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A Huawei também enfrentou algumas dificuldades relevantes, nomeadamente com o alerta relativo a segurança iniciado nos EUA e com repercussões noutros países do globo, devido a alegações de que a empresa mantém laços estreitos com o governo comunista chinês. Apesar de não se ter visto nenhuma prova concreta, isso não impediu que alguns países proibissem o uso de aparelhos da marca.

“Os nossos clientes confiam em nós”, disse Yu quando questionado sobre as questões sobre confiança na marca: “São apenas alguns políticos que estão a tentar pressionar-nos.” Por causa desses problemas políticos, a Huawei praticamente não tem presença nos Estados Unidos, um dos maiores mercados globais de smartphones.

Durante a conferência de imprensa, Yu também reafirmou que a Huawei vai lançar o seu primeiro smartphone dobrável no Mobile World Congress, em Barcelona, já no final de fevereiro (deve chegar às lojas em abril). Também falou sobre o novo chipset Balong 5000 feito a pensar no 5G, que irá competir diretamente com o Qualcomm Snapdragon X50.

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